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Escritura de compra e firme venda que entre si fazem como comprador João António da Silva e como vendedores Joaquim António da Madalena e sua mulher todos desta vila de Ílhavo pela quantia de 60 000 réis.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH1/001/0030/00015
Title type
Atribuído
Date range
1865-03-19 Date is certain to 1865-03-19 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 19v a 21
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, realizada nos Moitinhos. Sendo intervenientes José Rodrigues, viúvo e seu filho mais velho Manuel Rodrigues e sua mulher Maria Rosa, Pedro Fernandes da Silva e sua mulher dona Manuela Libânia de Azevedo e Silva, dos Moitinhos, Joana Maria, viúva do lugar de Alqueidão, Maria Freire das Neves do lugar da Gafanha e seu filho Lourenço dos Santos Pata e sua mulher Joana do mesmo lugar da Gafanha. Ficou como administrador provisário da Capela da Nossa Senhora da Conceição da Légua, mandada cosntruir por Luís Dias Aveiro há muito tempo atrás, Pedro Rodrigues do lugar dos Moitinhos, pai do outorgante José Rodrigues por ser parente de Luís Dias Aveiro. Os quatro outorgantes, bisnetos da irmã de Luís Dias Aveiro combinaram todos partindo-a amigavelmente segundo a lei da desvinculação entre todos, sendo primeiro necessário advertir que o instituidor tinha vinculado nesta capela bens que não eram seus, mas sim do casal de seu pai Domingos Dias do Mar e que foram divididas no inventário por morte deste pelos seus 4 filhos Luís Dias Aveiro, José Dias, Bento Gonçalves e Maria Gonçalves herdando as seguintes propriedades: as casas e aido junto à capela, que levava de semeadura 14 alqueires; uma terra cita nas quintas que levava de semeadura 4 alqueires, que confronta a norte com uma viela que vai para a Presa e com Caetano da Silva, hoje a norte com os herdeiros de João Nunes Pinguelo, o manco, e a sul com Francisco António Santo; um pinhal novo cito na Légua, que levava de semeadura 4 alqueires, confronta a norte com a fazenda de António Luís de Melo, a sul e poente com a levada das azenhas, hoje a norte com Tomé Batista Madail e a sul e poente com a dita levada; um pinhal novo e terra de pão cito nas cavadas, junto á presa, que levava de semeadura 4 alqueires, confronta a norte com a estrada de Alqueidão que vai para as Quintas, a sul com Luís dos Santos da Presa, a nascente com o Padre João Nunes da Costa, a poente com o mesmo Luís dos Santos, hoje confronta a norte com António Ferreira e a sul com vários consortes; um pinhal na gândara de Alqueidão, que levava de semeadura 12 alqueires, que confronta a norte com João Francisco Valde [Balde?], do lugar de Alqueidão e a sul com os herdeiros de Manuel António da Conceição, hoje confronta a norte com José Gonçalves dos Anjos e a sul com vários consortes; uma terra cita na Lagoa do Sapo, que levava de semeadura 4 alqueires, confronta a norte com Julião Ferreira e a sul com os herdeiros do padre Julião Simões, hoje a norte com João José Resende, a sul com Dionísio Nunes Pinguelo e a nascente com João Nunes Pinguelo, o cavaz; uma terra cita na Presa que levava de semeadura 12 alqueires, com vessada, que confronta a norte com a quinta do [Mulé?] e a sul com a Fazenda da Azenha de Manuel de Sousa Ribeiro e viela que vai para a Presa, hoje confronta a norte com José António Cartaxo e a sul com a congosta da Presa e a poente com José Bernardo Balseiro; uma quinta chamada o Corgo Tavares, que consta de terra lavradia, poço e pinhal, que confronta a norte com a servidão do Vale da Fonte, a nascente com a estrada que vai da Presa para as Quintãs, a sul com o pinhal do Roldão, a poente com vários consortes e levada que vai para a azenha de Pedro Fernandes da Silva. Além destes bens, o instituidor tinha vinculado alguns propriamente sem a saber umas casas que ele mandou fazer e nas quais faleceu naquele lugar da Légua, as quais à muitos anos se encontram arruinados; a capela de Nossa Senhora da Conceição, invocação do vínculo pegada áquelas casas; uma terra e pinhal nas moitas de baixo que levava de semeadura 4 alqueires, que confronta a norte com a estrada que vai de Ílhavo para Salgueiro e a sul com a levada que vem da Quinta de Santa Bárbara; uma vinha que leva de cava 4 homens cita no Vale de Ílhavo, que confronta a norte com a viela que vai para as Moitas e a sul com a levada da Azenha de Manuel António Torrão, cuja vinha, hoje terra de pão foi comprada a Giraldo Nunes Vidal e vendida pelo administrador ao padre Manuel António Torrão; uma terra no chão do calado, que levava de semeadura 3 alqueires, que confronta a norte com a viela e congosta que vai para as Moitas e a sul com a levada da Azenha de Manuel António Torrão; uma vinha cita no Vale de Ílhavo, comprada ao mesmo Giraldo que leva de cava 3 homens, que confronta a norte com Francisco Simões e a sul com José Nunes Vidal, vendida por Pedro Rodrigues a Manuel Pedro Ribas; outro no mesmo sítio comprada ao mesmo Giraldo, que levava de cava um homem, que confronta a norte com os herdeiros de António Ferreira e a sul com Manuel Ribeiro Valente, vendida por Pedro Rodrigues, ao mesmo Ribas; outra vinha no mesmo sítio do Arieiro comprada ao mesmo, que levava de cava 4 homens, que confronta a norte com Manuel Nunes Aleixo e a sul com os herdeiros do mesmo Manuel Ribeiro Valente, vendida por Pedro Rodrigues ao mesmo Valente; uma terra no alto do moleirinho, que levava de semeadura 3 alqueires, que confronta a norte com a congosta que vai para Vale de Ílhavo e a sul com a viúva de Manuel Francisco Leonardo que foi vendida por Pedro Rodrigues a António Nunes sapateiro do Vale de Ílhavo. O herdeiro José Rodrigues ficou com a metade do aido da Légua, que confronta a norte com o caminho público por onde tem 38 metros, a nascente com a outra metade por onde tem 125 metros de comprimento, a sul com a viúva de João Simões Teles e João Manica de Alqueidão por onde 56 metros e meio de largura e a poente com Manuel José António Santo, por onde tem 135 metros de comprido, que da quinta de Corgo Tavares ficasse com 365 metros de comprido, a norte 107 de largura, a sul com 91 metros de largura e a poente 325 metros, cujo terreno se acha demarcado. O dito José Rodrigues recebeu os frutos do ano, de todas as terras por se acharem semeadas com a obrigação de pagar os foros e mais contribuições lançadas no ano de 1865. Ficou ainda com a terra de arrota e tem ainda a terra do mato do leirinho, que possui hoje a viúva do António Nunes sapateiro de Vale de Ílhavo de Cima, e que no caso de não haver lei e direito para a reivendicar lhe será dada a terra das Quintas, em atenção a ter pago 97 300 réis de legados pios. Os co-herdeiros Pedro Fernandes da Silva, Maria Freira das Neves e Joana Maria dividiram entre si as propriedades seguintes: a metade do aido da Légua, que confronta a norte com a rua pública, por onde tem 32 metros e meio de largura, a sul com a viúva de João Simões Teles, por onde tem de largura 54 metros e meio, confronta a nascente com o caminho da Presa, a viúva do Boieiro, por onde tem 140 metros e a poente com José Rodrigues, por onde tem de comprimento 125 metros; o resto da quinta de Corgo Tavares; uma terra na Presa que levava de semeadura 12 alqueires; um pinhal na Légua; um pinhal na gândara de Alqueidão, uma terra nas Quintãs; uma terra na Lagoa do Sapo; uma leira de terra e pinhal nas Moitas de Baixo. Concordaram todos os herdeiros que se conservasse a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Légua e que se demolisse a casa junto à capela e que as matrizes fossem divididas entre todos. Que o seu procurador José Moreira Barreirinha activasse a reivendicação dos bens vendidos, bem como de foro de 13 alqueires de trigo, imposto numa terra que foi de Manuel António Mateiro de Cimo de Vila e hoje de Maria de Arraes de Ílhavo, cujo foro se não tem recebido; reivendicar a terra das Cavadas, que hoje possui a Maria do Deus a título de foro; recendicaram ainda todos os rendimentos provenientes das águas nativas do Corgo Tavares. O herdeiro José Rodrigues disse tomar já posse dos pinhais e mais propriedades à exceção das terras que toma posse somente pelo dia de São Miguel. Foram testemunhas presentes José Moreira Barreirinha, casado, sargento ajudantes reformado da Vila de Ílhavo, Manuel Fernandes da Silva e Duarte Fernandes da Silva, ambos solteiros, jornaleiros.
Physical location
D6.E12B.P1.CX0005
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
13/05/2019 14:54:49
Last modification
14/05/2019 11:06:47