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Testamento que faz Maria Manuel, mulher de Luís da Rocha, desta vila.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH1/001/0003/00016
Title type
Atribuído
Date range
1752-09-15 Date is certain to 1752-09-15 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 21v a 23
Scope and content
Na vila de Ílhavo e na morada de Luís da Rocha, e de sua mulher Maria Manuel, foi pelos mesmos, apresentado um bilhete de distribuídos datado de vinte e nove de agosto de 1752, em que Maria Manuel fez a seu marido Luís da Rocha um testamento. No dia quinze de setembro de 1752, Maria Manuel, na presença das testemunhas, fez novo testamento: depois de professar a sua fé na Religião Católica, pediu que depois de sua morte seu corpo fosse amortalhado em um hábito das Religiosas de Jesus de Aveiro ou do Convento da Madre de Deus de Sá, e sepultada dentro da Igreja de São Salvador da vila de Ílhavo. Mais disse, que há anos estava casada com o dito seu marido Luís da Rocha, de quem tivera um filho que era já falecido, e como assim não tinha herdeiros, e que entre os mais bens de raiz que tinha e possuía com o dito seu marido e de que estavam em sua posse, bem assim um dos assentamentos de casas em que vivia que partia de norte com Luísa da Caido [?] e de sul com a viúva de João de Ramos e Manuel Gonçalves Sarabando, e todos os bens móveis dentro de casa, e de terra lavradia, sito nas valas que comprou a viúva de Bento do [Prorredo?] e que parte do norte com terra de José Gonçalves [Matalose?] e do sul com António Gonçalves da Costa Alqueidão e todas as dívidas que se deverem ao casal tudo deixava para sempre a dito marido, com obrigação de lhe mandar dizer por um só vez vinte missas de esmola, cada uma pela alma dela testadora e pelas almas dos seus parentes já falecidos, e de dar aos pobres no dia de seu falecimento dez alqueires de milho. Disse mais que todas as mais propriedades de raiz que lhe pertenciam a sua meação as deixava a seu marido para que delas fosse usufrutuário em sua vida de rendimentos delas, e por seu falecimento se partissem igualmente por seu primo Manuel António Carrancho, e por sua prima, a viúva que ficou de Brisaldo de [Simões?] e tendo este falecido, serão seus filhos e mulher possuidores da metade das ditas propriedades por serem seus herdeiros para sempre, com encargo e obrigação de lhe mandarem dizer pela sua alma cinco trintários de missas de esmolas de cem réis cada uma e pelas almas de seus pais por uma só vez as quais se lhe haverão de mandar dizer depois de falecimento do dito seu marido em cujo sempre haverão de tomar posse os sobreditos Manuel António Carrancho seu primo e a viúva de dito Brisaldo de Simões da Coutada Ermida [cada?] um de metade das propriedades que ficar na meação dela testadora as quais haverão de partir por igualdade entre si amigavelmente por louvados judicialmente por inventário aos quais institui por seus herdeiros depois de falecimento do dito seu marido, e isto com a condição de que sucedendo que o dito seu primo Manuel António Carrancho não tenha filhos de legal matrimónio será senhor usufrutuário em sua vida de metade das propriedades que couberem na sua meação, e por seu falecimento passarão aos filhos de sua prima Maria, viúva de Brisaldo Simões e sendo com efeito filhos do dito seu primo em sua vida de legítimo matrimónio serão eles seus herdeiros e senhores e possuidores da dita metade das propriedades enumeradas dela testadora na forma sobredita e com sobredito encargo de lhe mandarem dizer os cinco trintários de missas pela benção de sua alma e de seus pais por uma só vez, e por esta maneira haverá por feito este seu testamento por ser esta sua última e derradeira vontade e que revogava quaisquer outro testamento cédulas que antes deste haja feito porque só este queria tivesse efeito e vigor em juízo e fora dele. Na presença das testemunhas, Manuel Gonçalves Taboleiros aquém ela testadora pediu e rogou que assinasse por dizer que não sabia escrever e a seu rogo e como testemunha assinou Manuel Francisco [Cadamolho?]; Luís António solteiro, filho de Manuel António Manco, lavradores; Simão António Abade; Domingues Nunes Gamucho, pescadores e moradores na vila de Ílhavo; Manuel solteiro; António solteiro, filho de António Francisco Bandarra.
Physical location
D6.E12B.P1.CX0001
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
23/04/2019 15:32:20
Last modification
14/05/2019 11:06:47