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Escritura de partilhas amigáveis que entre si fazem Tomé Joaquim da Costa, viúvo, e seus filhos, genro e noras, abaixo mencionados, todos da freguesia da Palhaça, em 27 de abril de 1899.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0036/00021
Title type
Atribuído
Date range
1899-04-27 Date is certain to 1899-04-27 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 31v-35v
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo, Rua Direita, residência de Francisco Ferreira Moura, entre Tomé Joaquim da Costa, viúvo, proprietário, morador na freguesia da Palhaça, e seus filhos, genro e noras: José Joaquim do Carmo, solteiro, negociante, morador na Palhaça, João da Costa e mulher Ana Rita, negociantes, residentes em Vila Nova da Palhaça, Maria Ferreira e marido José Nunes, lavradores, residentes na Vila Nova da Palhaça, Ana Ferreira, solteira, lavradora, residente na Palhaça, e Joaquim da Costa e mulher Maria da Conceição, lavradores, residente no Arieiro da Palhaça. Foram feitas as partilhas da mulher, mãe e sogro dos outorgantes Joana Ferreira, moradora que foi no lugar e freguesia da Palhaça. Tinha sido feita uma doação, por escritura de 1893/02/11, do tabelião de Aveiro Fortuna, onde o outorgante Tomé Joaquim da Costa e sua falecida mulher tinham doado aos outorgantes seus filhos e noras José Joaquim do Carmo, solteiro, João da Costa e mulher, Ana Ferreira, solteira, e João Joaquim da Costa e mulher as seguintes propriedades: metade, do lado poente, de um assento de casas térreas, com quintal, aido lavradio, no Largo da Feira da Palhaça; uma terra lavradia, no Aido da Domingas, limite da Palhaça; a outra metade, pelo lado nascente, do referido assento de casas térreas, com quintal e aido lavradio, no Largo da Feira da Palhaça; e uma terra lavradia, no Arieiro da Palhaça. A doação não foi levada em conta nas legítimas dos donatários nas partilhas, sendo, entretando levado em conta qualquer excesso, se o valor dos bens tivesse excedido o das terças dos bens dos doadores. Formaram-se 2 meações iguais, um para o outorgante viúvo, e outra para os outros 5 herdeiros. Tomé Joaquim da Costa ficava com os seguintes bens alodiais: metade, do lado nascente, de uma terra lavradia, no Cortêlho, limite da Palhaça, a qual metade confronta do nascente com João Simões Capão, do poente com a filha e outorgante Ana Ferreira, do norte com caminho e do sul com outro João Simões Capão, sendo alodial; um assento de casas térreas, com quintal e aido, em Vila Nova da Palhaça, a confrontar do nascente com Maria Ferreira, solteira, e do poente com caminho público; uma terra lavradia, nas Cabeçadas, limite da Palhaça, a confrontar do nascente com Emília Martins, viúva, e do poente com José Joaquim da Costa, da Palhaça; metade, do lado nascente, de um pinhal e seu terreno, no Sobreiro, a confrontar a metade do norte com João Simões Capão, do sul com Florinda dos Santos, do nascente com caminho público e do poente com a outra metade, atribuída nesta escritura aos outorgantes João, Maria Ferreira e Joaquim; uma marinha de arroz, no Ribeiro, próximo a Vila Nova de Palhaça, confronta do norte com João Campina, e do sul com Miguel Ferreira, ambos da freguesia da Palhaça; metade, do lado norte, de um pinhal e seu terreno, na Tojeira, a confrontar a metade do norte com Mariana Martins, e do sul com a outra metade atribuída ao filho José; um pinhal e seu terreno, no Funtão, freguesia de Soza, a confrontar do nascente com Manuel Lopes, da Quinta do Picado, e do poente com Manuel Pires, do Funtão; um pinhal e seu terreno, na Aresta, próximo a Águas Bôas, freguesia de Oiã, confronta do norte com Manuel Ribeiro, de Águas Boas, e do sul com Manuel Martins Tanoeiro, de Vila Nova da Palhaça; metade, do lado norte, de um prédio de terra e pinhal, no Património, freguesia da Palhaça, parte a metade do norte com José de Magalhães e vários inquilinos, e do sul com a outra metade, atribuída nesta escritura ao filho Joaquim; um pinhal e seu terreno, na Estrada Larga, da mesma freguesia, confronta do norte com José Batata, e do sul com Miguel Pinto, ambos da freguesia da Palhaça; uma terra lavradia, no Carvalho, na mesma freguesia, confronta do norte com Joana Martins e do sul com Manuel Fernandes, da dita freguesia; uma vinha, na Fonte da Vinheira, da mesma freguesia, confronta do norte com Ana Martins, e do sul com José Joaquim da Costa; um pinhal e seu terreno, no Ribeirinho, limite da freguesia de Nariz, confronta do norte com José Joaquim da Costa e do sul com a vala; uma vinha, nas Camarneiras, próximo de Vila Nova da Palhaça, confronta do norte com Berardo António Dias e do sul com Cândido Martins, ambos da freguesia da Palhaça; um amto e seu terreno, na Pedreira, freguesia de Oiã, confronta do nascente com Joaquim [Caniçais], da Palhaça, e do poente com a viúva de João Caseiro, da freguesia de Oiã; duas terças partes de um pinhal e seu terreno, na Areosa, limite de Vila Nova da Palhaça, a confrontar as duas terças partes do nascente com José Nunes e caminho público, do poente com a terça parte restante atribuída nesta escritura ao filho José, do norte com José Marcelino e do sul com a vala. Além disso ficavam com os seguintes bens móveis: um lagar de vinho, um tonel, uma quartola, uma caixa de pinho grande, outra caixa mais pequena, pintada, outra caixa de castanho, um lavatório com seu jarro e bacia de porcelana, um carro de lavoura com todos os seus aprestes ou utensílios, 5 panelas de ferro, 2 machados, 4 enxadas, uma forquilha, 2 baldes, gamela da broa, 2 teigas, uma trempe, 6 cadeiras, já usadas, 3 bancos de madeira, 2 terrinas, uma lamparina, uma travessa de louça de Sacavém, seis colheres de sopa, seis garfos e seis facas e uma colher de sopa. José Joaquim do Carmo ficavam com: metade, do lado sul, do pinhal e seu terreno, na Tojeira, a confrontar do norte com a outra metade atribuída nesta escritura ao outorgante viúvo e do sul com outro prédio do outorgante José Joaquim do Carmo, por herança que houve de Mariana Ferreira do Albergue; uma terra nas Hortas, confronta do norte com Miguel Tanoeiro, e do sul com José Machoqueiro; uma vinha no Ribeiro, a confrontar do norte com Manuel Francisco Samagaio, do sul com o mesmo outorgante; a terça parte restante do pinhal e seu terreno, na Areosa, a do lado poente, a confrontar do nascente com os dois terços restantes do outorgante viúvo, e do poente com caminho. Além disso ficava com os seguintes bens móveis: uma cómoda, um quarto grande, próprio para vinho, mais três quartos mais pequenos, uma caixa de castanho que levará 450 l, um escabêlo grande, uma dorna, uma mesa pequena de gavetas, uma mesa de cozinha, um candeeiro de metal. João da Costa e mulher ficavam com: a terça parte da metade do pinhal do Sobreiro, tendo sido duas metades divididas aos travez do pinhal, uma dessas metades (a do lado nascente) ficou já pertencendo ao viúvo e a outra metade do poente foi subdividida em 3 partes, pertencendo a estes outorgantes João da Costa e mulher a primeira parte do lado norte, que era a mesma terça parte da metade do dito pinhal, a qual terça parte da metade confronta do norte com José Pinto; metade, do lado nascente, do pinhal da Lomba e seu terreno, próximo a Águas Boas, freguesia de Oiã, a confrontar essa metade do norte com Cândido Martins, do sul com Manuel Martins Toneiro, ambas da freguesia da Palhaça; uma praia de estrume sita em Caniçaos, freguesia de Oiã, a confrontar do norte com Ana Martins, e do sul com José Pinto, ambos da freguesia da Palhaça. Maria Ferreira e marido ficavam com: uma terra lavradia, na Chousa da Pedra, limite da Palhaça, a confrontar do nascente com Manuel Barreto e do poente com José Joaquim da Costa, ambos da Palhaça; a quarta parte da terra lavradia, no Cortêlho, a primeira do poente, a confrontar do poente com José Francisco Lourenço e do nascente com a quarta parte restante, atribuída nesta escritura a Ana Ferreira; a terça parte, a primeira do lado sul, do pinhal e seu terreno, no Sobreiro, a confrontar a terça parte do sul com Florinda dos Santos e do norte com a terça parte restante atribuída nesta escritura a Joaquim da Costa e mulher. Ana Ferreira ficava com: a quarta parte restante (a segunda a contar do poente) da terra, no Cortêlho, a confrontar esta quarta parte do nascente com o outorgante viúvo e do poente com sua irmã Maria Ferreira; um pinhal e seu terreno, o Olheiro, próximo do Arieiro, a confrontar do norte com Sebastião Grangêa Graça, da freguesia da Mamarrosa, e do sul com António Ferreira Coelho, do Ribeirinho; um pinhal e seu terreno, na Tojeira, limite da freguesia da Palhaça, a confrontar do norte com Joaquim Nunes da Bernarda e do sul com Manuel Ferreira Albino, ambos da mesma freguesia. Ficavam também com os seguintes bens móveis: um tonel pequeno, uma quartela, uma caixa de castanho já velha, um escabêlo, o pequeno, uma caixa de pinho, uma cama de ferro, 2 quartos, sendo 1 de 60 l e o outro de 100 l, e um tacho. Joaquim da Costa e mulher ficavam com: a terça parte (a do meio, entre os outorgantes João e Maria) do pinhal e seu terreno, no Sobreiro; metade (a do lado poente) do pinhal da Lomba, freguesia de Oiã, com seu terreno, a confrontar do nascente com a outra metade de sua irmã e cunhado João da Costa e do norte com Cândido Martins e do sul com Manuel Martins Tanoeiro, ambos da freguesia da Palhaça; um pinhal com seu terreno, no mesmo sítio, da dita freguesia de Oiã, a confrontar do norte com Rosária de Jesus e do sul com Cândido Martins, ambos de Vila Nova da Palhaça; metade (a primeira a contar do sul) do prédio de terra e pinhal, no Património, a confrontar do sul com José Joaquim da Costa e do norte com a outra metade do outorgante viúvo; um terreno de mato com alguns pinheiros, na Pedreira, freguesia de Oiã, a confrontar do nascente com os herdeiros de José Caseiro e do poente com Domingos Mota, todos da freguesia de Oiã; uma terra lavradia, na Feitosa, limite da Palhaça, a confrontar do norte Francisco Romolgo e do sul com António José Bernardo, ambos do Arieiro da Palhaça. Ficava também com os seguintes bens móveis: uma caixa de castanho, um escabêlo, um quarto de 20 l e uma caixa pequena, nova, de madeira de pinho. Foram testemunhas António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, da vila de Ílhavo, assinando pelo outorgante viúvo, José Maria Caramonete, solteiro, marítimo, da vila de Ílhavo, assinando por João da Costa e mulher, José Nunes da Fonseca, casado, professor oficial do ensino primário, morador na vila de Ílhavo, assinando por Maria Ferreira, Manuel dos Santos Bodas, casado, carpinteiro, da vila de Ílhavo, assinando por Ana Ferreira, António Francisco dos Santos, casado, marítimo, da vila de Ílhavo, assinando por Joaquim da Costa e mulher. Foram mais testemunhas Francisco Ferreira Moura, casado, negociante, aqui residente, e António da Silva Bento, casado, tamanqueiro, morador na vila de Ílhavo.
Physical location
D6.E12B.P2.0036
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:21:36
Last modification
07/06/2017 10:26:29