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Escritura de partilhas amigáveis e doação, que entre si fazem Ana dos Santos, viúva de Manuel Nunes do Pranto, e seus filhos, genro e noras, todos moradores na freguesia da Oliveirinha, concelho de Aveiro, em 18 de abril de 1899.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0036/00015
Title type
Atribuído
Date range
1899-04-18 Date is certain to 1899-04-18 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 21-24
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis e doação, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre Ana dos Santos, viúva de Manuel Nunes do Pranto, governanta de casa, moradora nas Quintãs da Oliveirinha, e os seus filhos, genro e noras: Manuel Nunes do Pranto e mulher Rosa de Jesus Jorge, lavradores, moradores na Costa do Valado, Maria dos Santos e marido Bernardino André Estrela, lavradores, residentes nas Quintãs, e José Nunes do Pranto e mulher Luísa Francisca, lavradores, residentes nas Quintãs, todos da freguesia de Oliveirinha, concelho de Aveiro. Foram feitas as partilhas do marido, pai e sogro dos outorgantes Manuel Nunes do Pranto, sendo metade dos bens para a viúva, como meeira do casal, e a outra metade para os restantes herdeiros, dividida em partes iguais. Ana dos Santos ficava com: um assento de casas de habitação, onde vivia o falecido, com seu pátio e aido lavradio contíguos, no lugar das Quintãs da Oliveirinha, próximo à estação de caminhos de ferro das Quintãs, a confrontar do norte com José dos Santos Bela, do sul com Manuel Francisco Sereno, do nascente com vários consortes e do poente com Manuel da Cruz Maia Melão; uma terra lavradia, no aido dos Loutros, nas Quintãs, a confrontar do norte com Ricardo Marques, do sul com João Marques Mostardinha, do nascente com a linha do caminho de ferro e do poente com a estrada pública; uma terra, nos Alamos, limite das Quintãs de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Simões da Rocha, do sul com João de Matos, do nascente com Manuel dos Santos [Mauriz] Novo, e do poente com Manuel Simões Maio, todos da freguesia de Oliveirinha, sendo todos os prédios alodiais e o valor desta meeação de 450.000 reis. Manuel Nunes do Pranto e mulher ficavam com: metade, do lado sul, de uma terra lavradia, no Bolhão, nas Quintãs de Oliveirinha, confronta toda do norte com José And?e Estrela, do sul com Manuel Francisco Sereno e outro, do nascente com o mesmo Sereno e do poente com a linha de caminho de ferro; a terça parte (a primeira do norte) de um pinhal e seu terreno, nas [Relvadas], a confrontar todo do norte com Jerónimo Carrancho e caminho público, do sul e do nascente com herdeiros do doutor Manuel Nunes de Oliveira Sobreiro e do peonte com caminho público; metade, do lado norte, de um pinhal e seu terreno, na [Ciena], a confrontar todo do norte com João da Cruz Maia, do sul com António Madeira, do nascente com os Fernandes da Póvoa e do poente com vala de escoantes; um pinhal e seu terreno, na Verba, freguesia de Nariz, a confrontar do norte com Joaquim Paralta Novo, da Costa do Valado e do sul com José Frade, da Póvoa; um pinhal e seu terreno, no [Tojal], próximo de Verba, a confrontar do norte com Maria Rocha, da Verba, e do sul com Manuel Francisco Sereno, das Quintãs, sendo todos estes alodiais e valendo 150.000 reis. Maria dos Santos e marido ficavam com os bens todos alodiais: metade, do lado norte, da terra lavradia, na Quinta do Bulhão, já confrontada; a terça parte, a do meio, do pinhal e seu terreno, nas Relvadas, já confrontada; e um pinhal e seu terreno, nas Cabanas, nas Quinãs da Oliveirinha, a confrontar do norte com Clara Parca e do sul com vários consortes, valendo estes bens 150.000 reis. José Nunes do Pranto e mulher ficavam com os bens alodiais: a terça parte (a primeira a contar do sul) do pinhal e seu terreno, nas Relvadas, já confrontado; metade (do lado sul) do pinhal e seu terreno, na [Cilha], já confrontado; e uma terra lavradia, no [Couchouro], a confrontar do norte com José André Estrela e do sul com a linha de ferro, valendo estes bens 150.000 reis. Ana dos Santos decidiu também doar todos os seus bens da sua meação aos outros herdeiros. Manuel Nunes do Pranto e mulher ficavam com as 2 terras lavradias, uma no aido das [Lontras], e a outra nos Alamos, já confrontadas, no valor de 150.000 reis (75.000 reis cada uma). Maria dos Santos e marido ficavam com metade (ou 2 quartas partes, as do meio), do prédio de casas de habitação e aido lavradio, nas Quintãs, próximo à estação de caminho de ferro das Quintãs, sendo estas partes a confrontar do norte e sul com as outras partes restantes, doadas ao outorgante José, do nascente com vários consortes e do poente com Manuel da Cruz Maio Melão, partes no valor de 150.000 reis. José Nunes do Pranto e mulher ficavam com as duas quartas partes restantes do dito assento de casas e aido lavradio, das extremidades norte e sul do prédio, nas Quintãs, próximo à estação de caminho de ferro com o mesmo nome, que valiam 150.000 reis. Os donatários (sendo um o marido e a mulher) obrigavam-se a dar à doadora, no dia de São Miguel de cada ano: 127 l de milho, 10 l de feijão bom, 2.250 reis, 1 carro de lenha e 15 l de batata. Os donatários obrigavam-se a tratar bem da doadora. A doadora poderia continuar a viver no prédio de José. Caso algum dos donatários não cumprisse as suas obrigações a doadora poderia tomar posse das propriedades doadas a esse donatário. Foram testemunhas Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, assinando pela doadora meeira, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, da vila de Ílhavo, assinando por Manuel Nunes do Pranto e mulher, Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, morador na vila de Ílhavo, assinando por Maria dos Santos e marido, José António Rodrigues, solteiro, caixeiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por José Nunes do Pranto e mulher. Foram mais testemunhas João Francisco Carvalho, casado, soldado da guarda fiscal, morador na vila de Ílhavo, e Joaquim Fernandes Gafanha, casado, castrador, morador na vila de Vagos.
Physical location
D6.E12B.P2.0036
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:21:35
Last modification
07/06/2017 10:26:29