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Escritura de doação onerosa que faz Joaquina de Jesus, viúva de José Carlos Novo, a seus filhos, genros e noras, abaixo mencionados, todos da Gafanha, desta freguesia de Ílhavo, em 15 de abril de 1899.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0036/00013
Title type
Atribuído
Date range
1899-04-15 Date is certain to 1899-04-15 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 16v-20
Scope and content
Escritura de doação onerosa, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a doadora Joaquina de Jesus, viúva de José Carlos Novo, e os donatários, filhos, genros e noras da doadora: Manuel Carlos e mulher Rosa de Jesus, José Carlos e mulher Joana de Jesus, João Carlos e mulher Joana Rosa da Silva, Manuel Maria Carlos e mulher Rosa de Jesus, Maria de Jesus e marido José Maria Fidalgo, Clara de Jesus e marido João Ferreira Novo, e António Carlos e mulher Maria de Jesus, todos seareiros, residentes na Gafanha (Senhora da Nazaré) da freguesia de Ílhavo. Os bens doados eram: uma terra lavradia, na Quinta, próximo à Senhora da Nazaré, na Gafanha, a confrontar do norte e do sul com Emília de Jesus, viúva, do nascente com Manuel de Jesus e do poente com Maria Rosa de Jesus, viúva de João Filipe, todos da Gafanha; uma terra, na Gafanha, a confrontar do nascente com caminho público, do poente com viúva de João dos Santos Pata Novo, do norte com a rua do Bedouro e do sul com Manuel Francisco da Rocha; uma praia de junco, no Bico, a entestar pelo norte no esteiro Oudinot, do sul confronta com António Fernandes Casqueira, do nascente com José Maria Pata e do poente com a dita Maria Rosa de Jesus, viúva de João Filipe; uma terra lavradia, na Gafanha, conhecida pelo Aido da Terra Nova, a confrontar do norte com viúva de José Filipe, do sul e do nascente com caminho público e do poente com António dos Santos Pata Novo; e uma pequena leira de terra lavradia, na Travessa do Bedouro, na Gafanha, a confrontar do norte com viúva de João dos Santos Pata Novo, do sul com Jacinto dos Santos Pata Novo, do nascente com Manuel Francisco da Rocha e do poente com vala de água, sendo todos alodiais e pertenciam à doadora, parte por inventário feito por óbito de seu marido José Carlos Novo e parte por herança de seus pais. O valor total dos bens era de 420.000 reis, divididos pelos seus filhos no valor igual de 60.000 reis a cada um. Manuel Carlos e mulher ficavam com: a terra lavradia, na Quinta, próxima à Senhora da Nazaré, uma sétima parte da terra do Bedouro (dividia em 7 partes iguais, sendo 4 partes ao travez e 3 ao comprido), a primeira das 4 aos travez e uma sétima parte (a primeira a contar do sul) da praia de junco, no Bico, tendo estes bens o valor de 60.000 reis. José Carlos e mulher ficavam com: uma quinta parte do Aido da Terra Nova (dividido em 5 partes iguais), a segunda a contar do poente; uma sétima parte da terra do Bedouro, a primeira a contar do norte das divididas ao comprido e a sétima parte, a segunda a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. João Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte do Aido da Terra Nova, a primeira do lado do poente; a sétima parte da terra do Bedouro, a primeira do norte das 4 divididas ao travez; e a sétima parte, a terceira a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Manuel Maria Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte do Aido da Terra Nova, a terceira a contar do poente; a sétima parte da terra do Bedouro, a primeira a contar do poente, das 3 divididas ao comprido; e a sétima parte, a quarta a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens de 60.000 reis. Maria de Jesus e marido ficavam com: a quitna parte do Aido da Terra Nova, a quarta a contar do peonte, recebendo servidão de pé e carro da quinta parte doada a António e mulher; a sétima parte da terra do Bedouro, a terceira a contar do sul das 4 divididas ao travez; e a sétima parte, a quinta a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Clara de Jesus e marido ficavam com: a sétima parte da terra do Bedouro, a segunda a contar do sul das 4 divididas ao travez; a sétima parte, a sexta a contar do sul, da praia de junco, no Bico; e a pequena leira de terra lavradia, na Travessa do Bedouro, sendo o valor destes bens 60.000 reis. António Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte, a primeira a contar do nascente, do Aido da Terra Nova, onde existia um pequeno prédio de casas em fraco estado, onde a doadora vivia em companhia de seu filho António; a sétima parte da terra do Bedouro, a parte do meio das que foram divididas ao comprido; e a sétima parte, a última a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Cada um dos donatários (sendo um donatário marido e mulher) obrigava-se a dar à doadora anualmente no dia de São Miguel 60 l de milho bom, 20 l de feijão, sem ser feijão frade, 40 l de batata, 1.500 reis e 1 quarteirão de lenha seca. A doadora poderia continuar a viver na casa situada na quinta parte doada ao donatário António (no Aido da Terra Nova), ou noutra casa encostada à que existe, arranjada à custa desse mesmo donatário. Os donatários obrigavam-se a tratar bem da doadora. Caso algum dos donatários não cumprisse as suas obrigações a doadora poderia tomar posse das propriedades doadas a esse donatário. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, morador em Ílhavo, assinando pela doadora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, morador em Ílhavo, assinando por Manuel Carlos e mulher, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, morador em Ílhavo, assinando por José Carlos e mulher, João Francisco Carvalho, casado, soldado da guarda fiscal, morador em Ílhavo, assinando por João Carlos e mulher, José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, morador em Ílhavo, assinando por Manuel Maria Carlos e mulher, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, morador em Ílhavo, assinando por Maria de Jesus, Miguel Pereira Catarino, casado, marítimo, morador em Ílhavo, assinando por Clara de Jesus, João Fernandes Leite, casado, carpinteiro, morador em Ílhavo, na Rua de Camões, assinando por António Carlos e mulher. Foram mais testemunhas José Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, e Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Physical location
D6.E12B.P2.0036
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:21:34
Last modification
07/06/2017 10:26:29