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Escritura de partilhas amigáveis e doação que entre si fazem a viúva e herdeiros de José Pereira Capote, desta vila de Ílhavo.

Description level
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Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0032/00030
Title type
Atribuído
Date range
1898-09-22 Date is certain to 1898-09-22 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 44v a 47v
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis e doação, sendo intervenientes, como primeira outorgante, Angélica de Jesus, viúva de José Pereira Capote, proprietária, moradora nesta vila e, como segundos outorgantes, suas filhas e genros, nomeadamente, Luísa Angélica de Jesus, governanta de casa e marido Domingos Dias, marnoto, Rosa Angélica de Jesus e marido João Simões Teles Novo, jornaleiros, Maria Angélica de Jesus, governanta de casa e marido João de Oliveira Bilelo, marítimo e Maria Joana Angélica de Jesus, governanta de casa e marido José dos Reis Papoilo, marítimo, todos moradores nesta vila. E logo pelos outorgantes foi dito que tendo falecido o seu marido, pai e sogro, José Pereira Capote, eles estavam justos e contratados a fazerem as partilhas amigáveis dos bens do casal, da seguinte forma: de todos os bens do casal formaram 2 meações, perfeitamente iguais, uma atribuída à viúva e a outra subdividida em 4 quinhões perfeitamente iguais. Pertence à meação da viúva, a metade, do lado sul, de um assento de casas térreas, com quintal e mais pertences, sito na rua de Cimo de Vila, desta vila, que confrontava, todo o prédio, a norte com Dionísio Nunes Pinguelo Campino, a sul com Manuel Fernandes Pata, [ilegível], a nascente com a rua de Cimo de Vila e a poente com o mesmo Dionísio Campino, desta vila, sendo o valor desta metade de 70 mil reis; a metade, a do lado poente, de uma terra lavradia, sita nas Maçanzeiras, em Cimo de Vila, que confrontava, a terra toda, a norte com Manuel Nunes do Couto e Luís Rosa Nunes do Couto, a sul com caminho público, a nascente com Joana Nunes de Oliveira, viúva de João Simões Teles e a poente com António da Cruz Patacão, todos de Ílhavo, no valor, esta metade, de 70 mil reis; a metade, a do lado sul, de uma terra lavradia, sita no Dianteiro, limite desta vila, que confrontava, toda a terra, a norte com o senhor conselheiro António José da Rocha, a sul com João de Oliveira Frade, a nascente com caminho de consortes e a poente com Luís Nunes Pinguelo o Capela, todos de Ílhavo, no valor, esta metade, de 35 mil reis; metade, a do lado poente, de um pinhal e seu terreno, sito na Lagoa do junco, limite de Ílhavo, que confrontava a norte com caminho de consortes, a sul com Manuel Simões Novo, a nascente com Manuel Nunes Pinguelo o Cavaz e a poente com o Padre José António Morgado, no valor, esta metade, de 35 mil reis; a metade, a do lado poente, de uma terra lavradia, sita nos Baixeiro, dos Moitinhos, desta freguesia, que confrontava a norte com o caminho de consortes, a sul com António Maltez, a nascente com João Francisco da Silveira e a poente com herdeiros de Pedro Nunes e com Manuel da Rocha Braz, no valor, esta metade, de 70 mil reis. O valor da meação é de 280 mil reis. Pertence à meação do falecido, representado pelos seus filhos, igual quantia, subdividida em 4 quinhões, calhando a cada 1 a quantia de 70 mil reis. Pertence a Luísa Angélica de Jesus e marido, a metade, do lado norte, da terra lavradia, sita no Dianteiro, no valor de 35 mil reis; a metade, do lado nascente, do pinhal e seu terreno, sito na Lagoa do Junco, no valor de 35 mil reis. O valor da legítima é de 70 mil reis. Pertence a Rosa Angélica de Jesus e marido, a metade, a do lado nascente, da terra lavradia, sita no Baixeiro dos Moitinhos, no valor de 70 mil reis. Pertence à outorgante Maria Angélica de Jesus e marido, a outra metade, do lado nascente, da terra lavradia, sita nas Mançanzeiras, no valor de 70 mil reis. Pertence a Maria Joana Angélica de Jesus e marido, a metade, a do lado norte, do assento de casas térreas com quintal contíguo e mais pertences, sito na Rua de Cimo de Vila, desta vila, no valor de 70 mil reis. A viúva disse ainda que, não podendo, em virtude do seu estado de saúde e de sua avançada idade, administrar os seus bens, resolveu entregá-los às suas filhas e genros, fazendo-lhes uma doação. Doa à sua filha Luísa Angélica de Jesus e marido, a metade, do lado sul, da terra lavradia, sita no Dianteiro e a metade, do lado poente, do pinhal e seu terreno, sito na Lagoa do Junco, ambas as metades no valor de 70 mil reis, 35 mil reis cada uma, ficando assim a sua filha com a totalidade da terra no Dianteiro e o pinhal na Lagoa do Junco. Doa à sua filha Rosa Angélica de Jesus e marido, a metade, do lado poente, da terra lavradia, sita no Baixeiro dos Moitinhos, no valor de 70 mil reis, ficando esta outorgante com toda esta terra. Doa à sua filha Maria Angélica de Jesus e marido, a metade, a do lado poente, da terra lavradia, sita nas Maçanzeiras, no valor de 70 mil reis, ficando esta outorgante com toda a terra. Doa à sua filha Maria Joana Angélica de Jesus e marido, a metade, a do lado sul, do assento de casas térreas, com quintal contíguo e mais pertences, sito em Cimo de Vila, no valor de 70 mil reis, ficando esta outorgante com todo o prédio. A viúva faz esta doação com as seguintes condições: cada uma das 4 filhas com seus maridos, ficavam obrigados, a dar à doadora, no final de cada mês, enquanto for viva, a quantia de 3 mil reis e, no caso, de doença, cada um ficava obrigado a dar-lhe, em cada semana, enquanto durar a doença, mais 500 reis, ficando também obrigados a pagar-lhe o médico e todas as despesas necessárias. A doadora reservava para si o direito de continuar a habitar o prédio de casas onde tem vivido ou então escolher a casa dos filhos para viver, ficando estes obrigados a recebe-la e dar-lhe casa e agasalho, durante 3 meses cada filho. Foram testemunhas presentes, José António Rodrigues, solteiro, caixeiro, morador nesta vila, José de Oliveira Pio, solteiro, lavrador, morador nesta vila, Francisco de Oliveira, solteiro, pescador, morador nesta vila, Manuel Pequeno Correia, casado, marítimo, morador nesta vila, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro e José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos também moradores nesta vila.
Physical location
D6.E12B.P2.0032
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:20:32
Last modification
07/06/2017 10:26:27