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Escritura de partilhas amigáveis que fazem Manuel Bernardo Balseiro, viúvo, e seus filhos e genro, moradores nesta vila de Ouca, em 17 de março de 1898.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0030/00028
Title type
Atribuído
Date range
1898-03-17 Date is certain to 1898-03-17 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 30-34
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre Manuel Bernardo Balseiro, viúvo, proprietário, morador na vila de Ílhavo, e seus filhos e genro: D. Maria Nunes da Graça e marido o Excelentíssimo doutor Manuel de Almeida e Silva, proprietários, moradores em Ouca, freguesia de Soza, concelho de Vagos, José Bernardo Balseiro, e Manuel Bernardo Balseiro Júnior, ambos solteiros, proprietários, moradores na vila de Ílhavo. Foram feitas as partilhas da falecida mulher, mãe e sogra dos outorgantes Ana Nunes da Graça, moradora que foi na vila de Ílhavo, formando-se 2 meações iguais, uma para o outorgante viúvo, como meeiro do casal, e outra subdividida em 3 quinhões iguais, distribuídos pelos outros herdeiros. Manuel Bernardo Balseiro ficava com: o assento de casas, onde vivia com a falecida, com aido lavradio contíguo, pátio e abegoarias, na Rua Nova, da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Joaquim Fernandes Agualusa e outro, do sul com vários consortes, do nascente com rua pública e do poente com carreiro de consortes, conhecido pelo caminho do cemitério ou do Curtido, sendo alodial; uma terra lavradia, no Rabaçal, próxima ao cemitério da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de servidões e do sul com Manuel Chocha, da vila de Ílhavo, sendo alodial; uma terra lavradia, em Alqueidão, na Santa Maria, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Francisco dos Santos Carrancho o Fava e do sul com caminho de consortes, sendo alodial; uma terra lavradia, na Ermida, no local denominado “Atras das Chousas” da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho público e do sul com Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, sendo alodial; uma terra lavradia, na Coutada de Ílhavo, a confrontar do norte com José Bernardo Balseiro, da Quinta do Picado, e do sul com Pedro Couceiro da Costa, da vila de Ílhavo, sendo alodial; uma terra lavradia, na Presa de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho público, do sul com caminho de consortes, sendo alodial; uma terra lavradia, na Chousa do Birrento, próximo à Vista Alegre, a confrontar do norte com Manuel Fernandes Borrelho,da vila de Ílhavo, e do sul com João Manica, da Legua, sendo alodial; uma terra lavradia, no Dianteiro, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Chocha, da vila de Ílhavo, e do sul com Manuel Simões Morgado, da Ermida, sendo alodial; uma praia de produzir estrume, na Lage, próxima à ponte de Ílhavo, a confrontar do nascente com caminho de consortes, e do poente com a carreira da ria, sendo alodial; uma terra lavradia, na Cabeça do Boi, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, e do sul com João dos Santos Neves, da Lagoa de Ílhavo, sendo alodial; uma terra lavradia, na Coutada de Ílhavo, a confrontar do nascente com José Maria Camponês, da Coutada, e do poente com os herdeiros de José da Serrana, da Coutada, sendo alodial; cinco duodécimos que o casal possuía na azenha, na Presa de Ílhavo, não confrontada por ser bem conhecida; um terreno de pinhal, na Lagoa do Junco, a confrontar do norte com José Bernardo Balseiro, da Quinta do Picado, e do sul com Manuel Nunes do Couto, de Cimo de Vila, sendo alodial; um terreno de pinhal no Carril Novo, limite da Ermida, a confrontar do nascente com caminho público e do poente com vários consortes, sendo alodial; um terreno de mato, no Funtão, limite da freguesia de Soza, não confrontado por ser bem conhecido, sendo alodial; metade, do lado norte, de uma vessada ou ribeiro, conhecida pela vessada da Lage, na vila de Ílhavo, próximo ao passal, a confrontar toda do norte com Manuel Marques de Almeida Bastos, de Alqueidão, do sul com o reverendo Padre Auguto Cândido Figueira, do nascente com Luísa Chocha, ambos da vila de Ílhavo, e do poente com o passal e outro consorte, sendo alodial; metade de uma praia de estrume (a do lado sul), na Murteira, ou Giganta, limite da vila de Ílhavo, a confrontar toda do nascente com prédio atribuído nesta escritura a José Bernardo Balseiro, do poente com Alberto Ferreira Pinto Basto, do norte com vários consortes, do sul com o mesmo Alberto Pinto Basto, sendo alodial; a terça parte de um terreno de mato e pinheiros, no Carril Novo, na Ermida, a confrontar do norte com quem deva e haja de partir, do sul com Alberto Ferreira Pinto Basto e outros, do nascente com José Fernandes Vieira, da vila de Ílhavo, e do poente com vários consortes, sendo alodial; metade de uma praia de moliço, na Lage, que ficava da carreira navegável do rio para o lado nascente ou sul, e confronta do norte com José Ferreira Jorge, da vila de Ílhavo, e com prédio da casa da Vista Alegre, do sul com vários consortes, do nascente com José Pereira, de Aveiro, e do poente com a carreira navegável do rio. D. Maria Nunes da Graça e marido ficavam com: duas casas de habitação com seus quintais contíguos e uma parte do passal desde a boca do aqueduto até à primeira quina do lado norte no valado da vessada, na Rua Nova da vila de Ílhavo, sendo que a primeira (maior) confronta do poente com a Rua Nova e do norte com a servidão da vessada, e a segunda (menor) confronta do norte com a mesma servidão da vessada, já descrita, do nascente com os quintais das mesmas casas; uma terra lavadria, na Quinta do Badalo, próximo às Moitas de Ílhavo, a confrontar do nascente com caminho de consortes, e do sul com José Nunes, da Ermida, sendo alodial; uma terra lavradia, nas Valas, limite de Ílhavo, a confrontar do norte com Augusto Pinto Bilelo, de Ílhavo, e do sul com vários consortes, sendo alodial; uma terra lavradia, na Quinta do Picado, a confrontar do norte com Manuel Lopes, da Quinta do Picado, do sul com vários consortes, sendo alodial; uma terra lavradia, no Cabeço, limite do Bonsucesso, a partir do norte com Manuel Germano Simões Ratola e do sul com caminho público; uma terra lavradia, na Gândara, limite da Quinta do Picado, a partir do norte com Manuel Côto, de aí, do sul com caminho público, sendo alodial; metade de uma propriedade de terra lavradia, na Coutada de Ílhavo, ainda por dividir com a outra metade possuída por José Bernardo Balseiro, da Quinta do Picado, a confrontar toda do norte com João Gonçalves Sarrico, do sul e nascente com caminho público, sendo alodial; um terreno de pinhal, na Lagoa do Junco, limite da freguesia de Ílhavo (próximas às Quintãs), a confrontar do norte com caminho público, e do sul com José Francisco Faúlho Rasoilo, da vila de Ílhavo; um domínio direto de 5.000 reis anuais, imposto num prédio de casas de habitação e quintal, na Lagoa do Silva, limite de Ílhavo, de quem era enfiteuta a viúva de Joaquim Marques da Silva Henriques Júnior, moradora na mesma casa; a sexta parte da praia de moliço, na Lage, já confrontada na meação do viúvo. José Bernardo Balseiro ficava com: uma terra lavradia, no Chouso, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Maria Rosa Roldôa, viúva, e do nascente com Daniel Gonçalves Sarrico, sendo alodial; outra terra lavradia, no mesmo sítio, a confrontar do poente com Luís dos Santos Bodas, e do nascente com a dita Maria Rosa Roldôa, viúva, sendo alodial; uma terra lavradia, nas Cortiças, próximo ao Chouso, a confrontar do poente com caminho público de pé, e do nascente com João Nunes Ramos, da vila de Ílhavo, sendo alodial; uma terra lavradia, no Juncalancho ou Giganta, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel de Jesus Bilelo, e do sul com a viúva de Paulo Malta, ambos de Ílhavo, sendo alodial; uma terra lavradia, na Ermida de Ílhavo, a confrontar do nascente com os herdeiros de Tomé Batista Madaíl, bem como do sul, e do poente com Alberto Ferreira Pinto Basto, da Ermida, sendo alodial; uma terra lavradia, na Ermida, a confrontar do nascente com os herdeiros Tomé Batista Madaíl, e do sul com Manuel Simões Morgado, todos da Ermida, sendo alodial; uma terra, na Agra da Ermida, a confrontar do poente com João dos Santos Neves, da vila de Ílhavo, e do sul com herdeiros de Manuel Nunes Pinguelo o Paralta, sendo alodial; um terreno de pinhal, no Carrigueiro, limite da Quinta do Picado, a confrontar do norte com caminho público e do sul com quem deva e haja de partir; a terça parte do terreno e mato e pinheiros, no Carril Novo, na Ermida, já confrontado; a sexta parte da praia de moliço, na Lage, já confrontada; a metade (do lado norte) da praia de estrume, na Murteira ou Giganta, já confrontada na meação do viúvo; uma vessada ou ribeiro, na Murteira ou Giganta, limite de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Fernandes Borrelho, da vila de Ílhavo, e do sul com a terra lavradia também atribuída a este herdeiro José, que confrontava, esta terra, do norte com a vessada acima descrita, do nascente com Manuel Domingues, da Gafanha, e do poente com a dita praia da Giganta ou Murteira, sendo alodial. Manuel Bernardo Balseiro Júnior ficava com: uma terra lavradia e uma pequena casa de arrumação, na Rua Nova da vila de Ílhavo, conhecida pelo “Prédio do Passal” a confrontar do norte com o reverendo padre Augusto Cândido Figueira e outros, do sul e nascente com vários consortes, e do poente com os dois quintais atribuídos nesta escritura a D. Maria e marido; uma terra lavradia, na Chousa do Roque, próximo à Ermida de Ílhavo, a confrontar do poente com vários consortes, e do nascente com caminho público, sendo alodial; outra terra lavradia, no mesmo sítio, a confrontar do norte com Alberto Ferreira Pinto Basto, e do sul com herdeiros de Domingos Simões Morgado, da Ermida, sendo alodial; a terça parte de uma terra lavradia, no mesmo local, ao poente da última terra descrita, a confrontar toda do norte com caminho de consortes, do sul com caminho público e do poente com os herdeiros de Manuel Nunes Pinguelo Paralta, da Ermida, sendo alodial; uma terra lavradia, nas Ramalhôas, próximo à ponte de Ílhavo, a confrontar do norte com Jerónimo Francisco Seiça, da Gafanha, e do sul com Tomé Simões Machola, da vila de Ílhavo, e outros, sendo alodial; uma terra lavradia, nas Ribas Altas da Ermida, a confrontar do nascente com Manuel Antunes, da Ermida, e do poente com os herdeiros de Tomé Batista Madaíl, do mesmo lugar, sendo alodial; um terreno de pinhal, no Vale dos Frades, limite das Quintãs de Ílhavo, a confrontar do norte com Joaquim Salvador, e do sul com Manuel Mariz Júnior, e outros, este Mariz das Quintãs, sendo alodial; a terça parte do terreno de mato e pinheiros, no Carril Novo, na Ermida, já todo descrito na meação do outorgante viúvo; a metade (do lado sul) da vessada ou ribeiro, conhecia pela vessada da Lage, na vila de Ílhavo, próximo ao passal, já confrontada na mesma meação; um bocado de praia de estrume e moliço, na margem da ria, lado poente, no local onde chamam “a Lage”, próximo à ponte de Ílhavo, sendo este bocado de praia o que ficava da carreira navegável da ria para o poente, lado da Gafanha, a confrontar do poente com vários consortes e do nascente com a carreira navegável da ria, sendo alodial; e a sexta parte da praia de moliço, no mesmo local da Lage, já confrontada na meação do viúvo. Aguardavam os outorgantes a ocasião para partilharem os bens móveis. Foram testemunhas o reverendo padre Manuel Nunes da Silva, solteiro, presbítero, morador no lugar de Ouca, freguesia de Soza, e Sebastião António da Silva, casado, escrivão de paz de Ílhavo, morador na vila de Ílhavo.
Physical location
D6.E12B.P2.0030
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:19:48
Last modification
18/08/2020 13:30:05