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Escritura de partilhas amigáveis que entre si fazem António Augusto Afonso e seus filhos, genros e noras, abaixo mencionados, todos residentes no Bonsucesso e Quinta do Picado.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0024/00014
Title type
Atribuído
Date range
1897-02-14 Date is certain to 1897-02-14 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 19 a 21v
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, sendo intervenientes, António Augusto Afonso, viúvo, artista na Fábrica da Vista Alegre, e seus filhos, genros e noras, nomeadamente, Manuel Augusto Afonso e mulher Maria de Jesus Lela, lavradores, Maria de Jesus, lavradora e marido José dos Santos Furão, carpinteiro, António Augusto Afonso Júnior e mulher Rosa de Jesus, lavradores e João Augusto Afonso e mulher Conceição Mendes Leal, lavradores, todos residentes no Bonsucesso, freguesia de Aradas, exceto estes últimos, que residem na Quinta do Picado, da mesma freguesia. E logo pelos outorgantes foi dito que tendo falecido sua mulher, mãe e sogra, Teresa de Jesus, eles estavam justos e contratados a fazerem entre si as partilhas amigáveis dos bens, tendo em atenção a escritura de doação feita em 5 de Junho de 1891, na qual o primeiro outorgante e sua falecida mulher, doavam a cada um dos seus filhos, no valor de 500 mil reis, por conta das suas legítimas, ficando estes obrigados a virem à colação com metade dos bens doados, por falecimento de cada um dos doadores. Desta forma, fizeram a partilha dos bens da seguinte maneira: somaram todos os bens do casal que não entraram na doação, que corresponde a 1 conto e 840 mil reis, que dividiram em duas meações, uma pertencente ao viúvo, no valor de 920 mil reis e à outra meação para os representantes da falecida, sendo que a esta meação juntaram ainda a metade do valor dos bens conferidos, conforme a escritura de doação, a qual metade importa em 1 conto de reis, que somando com aquela meação, dá 1 conto e 920 mil reis, que subdividido pelos 4 filhos, pertence a cada um deles a quantia de 480 mil reis. Pertence à meação do viúvo, quatro oitavas partes do prédio de aido e casas e poço, sito no Bonsucesso, a saber: a primeira oitava parte do lado norte, em que se compreendem também o assento de casas e metade do alpendre e do pátio, que confrontava a norte com a viúva de Francisco Nunes Coelho e a sul com a oitava parte que vai ser atribuída a João Augusto Afonso, a nascente com a rua púublica e a poente com as costeiras do mesmo prédio. Esta oitava parte paga de foro anual, à confraria do Santíssimo Sacramento da freguesia de Aradas, 12 litros de trigo galego; outra oitava parte do mesmo prédio, designada pela quarta sorte, isto é, entre a sorte do António, que fica pelo lado norte e a da Maria, que fica pelo sul; mais duas oitavas partes, designadas pela sorte sexta e sétima, as quais juntas, ficam entre a sorte de Maria, a norte, e a de Manuel, a sul, tudo no valor de 660 mil reis; das duas costeiras para baixa, até à levada dos moleiros, ficou a pertencer ao viúvo, as duas sortes do meio, as quais juntas, confrontavam a norte com a quarta que vai ser atribuída a João e a sul com a restante sorte que vai ser atribuída a António. Estas sortes foram avaliadas em 50 mil reis. A vessada, da levada até à madriz, que é contígua ao aido, foi também dividida em 4 partes iguais, ficando a pertencer ao viúvo as duas sortes do meio, entre a sorte da Maria, que fica do lado norte e, a de Manuel que fica pelo lado sul. O pinhal da Chousa do Fidalgo, acima da madriz, foi dividido em 6 partes iguais, de nascente para poente, ficava a pertencer ao viúvo 3 sortes: a segunda pela parte norte, entre a primeira e a terceira, que ficaram a pertencer a Maria, e a quarta e quinta, que juntas, ficavam entre a sorte de Maria e a do António, as 3 sortes foram avaliadas em 120 mil reis, e finalmente, a metade, pelo lado sul, do pinhal do Reguinho, ao pé da Quinta do Picado, no valor de 40 mil reis. Pertence a Manuel Augusto Afonso e sua mulher a oitava parte do aido, a primeira sorte a contar do sul, que confrontava a sul com Francisco Gonçalves Andril e a norte com o viúvo, no valor de 165 mil reis; a quarta parte, a primeira sorte do lado sul, da levada até à madriz, que confrontava a sul com herdeiros de Manuel Gonçalves Andril e a norte com o viúvo, sendo o seu valor de 25 mil reis e devendo dar caminho de pé para os consortes do pinhal da Chousa do Fidalgo; metade do pinha do reguinho, sendo esta metade a do lado norte, no valor de 40 mil reis; metade dos bens conferidos, constantes na escritura de doação, no valor de 250 mil reis. Pertence a Maria de Jesus e marido uma oitava parte do aido, a quinta sorte entre a quarta e sexta do viúvo, avaliada em 165 mil reis; a quarta parte da vessada da levada à madriz, sendo a primeira do lado norte, que confrontava a norte com Francisco Marques e a sul com o viúvo, no valor de 25 mil reis; duas sextas partes do pinhal da Chousa do Fidalgo, sendo a primeira e a terceira sorte, a primeira confrontava a norte com António Simões Ratola e a terceira confrontava a norte e sul com o viúvo, no valor de 40 mil reis e mais 250 mil reis que é a metade dos bens conferidos na escritura de doação. Pertence a António Augusto Afonso Júnior e mulher uma oitava parte do aido, a terceira sorte do norte entre o outorgante João e o outorgante viúvo, no valor de 165 mil reis; uma quarta parte das corteiras, que confrontava a norte com o viúvo e a sul com Francisco Gonçalves Andril, no valor de 25 mil reis; a sexta parte, a primeira do sul, do pinhal da Chousa do Fidalgo, no valor de 40 mil reis e mais 250 mil reis que corresponde à metade dos bens conferidos na escritura de doação. Pertence ao outorgante João Augusto Afonso e mulher uma oitava parte do aido, a segunda do norte entre o viúvo e António, avaliada em 165 mil reis e os altos, isto é, o palheiro, [ilegível] e matade, a do lado sul do alpendre, avaliada em 40 mil reis; a quarta parte das Costeiras, a primeira sorte do lado norte, no valor de 25 mil reis, ficando esta sorte obrigada a dar água para rega aos restantes consortes, com a condição de que a limpeza da nascente e sua rigueira seria por conta de todos os consortes; mais 250 mil reis, que é o valor da metade dos bens conferidos na escritura de doação. Os outorgantes disseram ainda que as sortes quinta, sexta e sétima, do aido, ficavam obrigados a dar caminho de pé à oitava sorte do sul que fica pertencendo ao outorgantre Manuel, devendo ser esse caminho pelo fim do aido através. Foram testemunhas presentes, Francisco Gonçalves Andril, solteiro, proprietário, residente no Bonsucesso, José dos Santos Branco, casado, lavrador, residente na Quinta do Picado, freguesia de Aradas, Sebastião António da Silva, casado, escrivão de juízo de paz deste distrito, residente nesta vila, Alexandre Gomes dos Santos, solteiro, carpinteiro e João Leite Mónica, casado, carpinteiro, ambos moradores nesta vila.
Physical location
D6.E12B.P2.0024
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:16:41
Last modification
07/06/2017 10:26:22