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Escritura de partilha e doação que entre si fazem João Gonçalves Bartolomeu, viúvo, e seus filhos, genros e noras, abaixo mencionados, todos de Verdemilho: - Em 24 de outubro de 1894.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0010/00026
Title type
Atribuído
Date range
1894-10-24 Date is certain to 1894-10-24 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 43-47
Scope and content
Escritura de partilha e doação inter vivus, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o viúvo de Maria Marta de Verdemilho João Gonçalves Bartolomeu, lavrador, residente em Verdemilho, freguesia de São Pedro das Aradas, e seus filhos, genros e noras, e herdeiros: Teresa de Jesus Bartola e marido Daniel Simões Paixão, lavradores, reisdentes em Verdemilho; Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher Emília Ramos da Maia, lavradores, residentes em Verdemilho; Maria de Jesus Bartola ou Maria de Jesus Gonçalves Bartola, casada, comerciante, residente na Calçada de Santo André, número 66, freguesia de Santo André, em Lisboa, mas à data da escritura em Verdemilho, por si e como procuradora de seu marido José Simões Paixão, comerciante, residente na mesma calçada em Lisboa; e António Gonçalves Bartolomeu e mulhr Guilhermina Gonçalves Neta, negociantes, residentes em Verdemilho. Foram feitas as partilhas de Maria Marta, cuja metade dos bens pertencia ao viúvo, como meeiro, cabeça do casal, e a outra metade aos quatro herdeiros. O viúvo João Gonçalves Bartolomeu ficava com: metade do prédio do assento das casas e quintal, com árvores de fruto e poço, onde vivia, em Verdemilho, a confrontar todo o prédio do norte com Maria Ramos da Maia, [viúva], do sul com herdeiros de António Marques Moita de Verdemilho, do nascente com rua pública, do poente com Rosa Ramos da Maia, do mesmo lugar, ficando esta metade a norte e sendo alodial; metade de uma terra lavradia, nas Adobeiras, limite do Bonsucesso, a confrontar toda do norte com José da Cruz, e do sul com António Nunes Piolho, sendo alodial; metade, do lado sul, de uma terra lavradia, no Bragal, a confrontar esta metade do norte com a outra metade atribuída nesta escritura a António Gonçalves Bartolomeu, e do sul com o Excelentíssimo Casimiro Barreto Ferraz Sacheti, sendo alodial; metade, do lado sul, de uma terra lavradia, na Agra do Moinho, limite de Verdemilho, a confrontar do norte com a outra metade, atribuída nesta escritura a Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher, e do sul com Maria Rosa de Jesus, viúva de José Batista, de Verdemilho, sendo alodial; metade, do lado sul, de uma terra lavradia, na Chousa do Fidalgo, limite de Ílhavo, a confrontar do norte com a outra metade atribuída nesta escritura a Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher, e do sul com a viúva de José de Almeida Vidal, do Bonsucesso, sendo alodial; uma terra lavradia na Tecelôa, limite de Verdemilho, a confrontar do norte com José Bernardo Balseiro, e do sul com Manuel da Rocha Serradeira, foreira à Confraria da Nossa Senhora da Lancha, da freguesia da São Pedro das Aradas, em 36 litros de trigo anualmente; metade da terra lavradia, na Arregaça, do lado sul, confronta do norte com a outra metade atribuída a Teresa de Jesus Bartola, e do sul com José Francisco Neto, de Verdemilho e outro, sendo alodial; um pinhal e seu termo, no Coimbrão, a confrontar do norte com caminho público, e do sul com Luísa de Jesus Bartola, viúva, foreiro ao estado em 7 litros de trigo anualmente. Teresa de Jesus Bartola e marido ficavam com: a metade, do lado norte, da terra lavradia na Arregaça, a confrontar do sul com a outra metade do viúvo, e do norte com Manuel Nunes de Oliveira, sendo alodial. Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher ficavam com: metade, do lado norte, da terra lavradia na Agra do Moinho, a confrontar do sul com a outra metade do outorgante viúvo, e do norte com Manuel dos Santos Madaíl, de Verdemilho; metade, do lado norte, da terra lavradia, na Chousa do Fidalgo, a confrontar do sul com a outra metade do outorgante viúvo, e do norte com António Augusto Afonso, do Bonsucesso, sendo alodial. Maria de Jesus Gonçalves Bartola e marido José Simões Paixão ficavam com: a metade, do lado sul, do assento de casas, com seu quintal, poço e árvores de fruto, em Verdemilho, a confrontar do norte com a outra metade do viúvo cabeça de casal, e do sul com herdeiros de António Marques Moita, de Verdemilho, tendo, no extremo sul, uma [chave] de terreno onerado com o foro anual de 245 reis, pagos aos herdeiros de António Tavares de Almeida, de Verdemilho. António Gonçalves Bartolomeu e mulher ficavam com: metade da terra lavradia, nos Adobeiros, limite do Bonsucesso, a confrontar toda do norte com José da Cruz e do sul com António Nunes Piolho, ambos do Bonsucesso, sendo alodial; metade, do lado norte, da terra lavradia, no Bragal, limite de Veredemilho, a confrontar do sul com a outra metade atribuída nesta escritura à meação do viúvo, e do norte com Manuel Gonçalves Sarrico, de Verdemilho, sendo alodial. O outorgante viúvo João Gonçalves Bartolomeu doava os seus bens aos seus filhos. Teresa de Jesus Bartolomeu recebia: metade de uma terra lavradia, na Arregaça, limite de Verdemilho, a confrontar esta metade do norte com a mesma Teresa de Jesus Bartolomeu e marido, do sul com José Francisco Neto e outro, do nascente com o Excelentíssimo conselheiro Manuel Firmino, de Aveiro, e do poente com Manuel José da Fonseca Brandão, de Verdemilho, que valia 110.000 reis e rendia anualmente 3.300 reis; uma terra, na Tecelôa, a confrontar do norte com Daniel Sarrico, da vila de Ílhavo, do sul com Manuel da Rocha Serradeira, da Légua, do nascente com Jo?e Bernardo Balseiro e do poente com vários entestes, onerada com o foro anual de 36 litros de trigo, pagos à Irmandade ou Confraria da Senhora da [Lomba], da freguesia das Aradas, rendia anualmente 3.600 reis e valia 120.000 reis. Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher recebiam: metade, do lado sul, da terra lavradia, na Agra do Moinho, limite de Verdemilho, a confrontar do norte com a outra metade já pertencente aos mesmos Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher, do sul com Maria Rosa de Jesus, do nascente com Maria de Jesus Resende, viúva, e do poente com caminho de consortes, sendo alodial, rendia anualmente 3.000 reis e valia 100.000 reis; metade, do lado sul, da terra lavradia na Chousa do Fidalgo, limite de Ílhavo, a confrontar do norte com a outra metade, atribuída nesta escritura aos mesmos outorgantes Manuel Gonçalves Bartolomeu e mulher, do sul com viúva de José de Almeida Vidal, do nascente e poente com caminho de consortes, rendia anuamente cerca de 1.000 reis e valia 30.000 reis; um pinhal, no Coimbrão, limite do Bonsucesso, a confrontar do norte com caminho público, do sul com Luísa Gonçalves Bartola, do nascente com Maria Ramos da Maia, [viúva], e do poente com Manuel Simões Preto, todos de Verdemilho, onerada com o foro de 7 litros de trigo, pagos anualmente ao estado e valia cerca de 100.000 reis. Maria de Jesus Gonçalves Bartola e marido recebiam: metade, do lado norte, do assento de casas e quintal, em Verdemilho, a confrontar do sul com a outra metade atribuída nesta escritura à mesma Maria de Jesus Gonçalves Bartola e marido, do norte com Maria Ramos de Maia, do nascente com rua pública e do poente com Rosa Ramos da Maia, solteira, de Verdemilho, era alodial, rendia anualmente cerca de 7.000 reis e valia 230.000 reis. António Gonçalves Bartolomeu e mulher recebiam: metade da terra lavradia, nas Adobeiras, limite do Bonsucesso, pertence ao doador, a confrontar toda do norte com José da Cruz, do sul com António Nunes Piolho, do nascente com caminho público e do poente com Francisco Marques da Silva, do Bonsucesso, sendo alodial, rendia anualmente 3.600 reis e valia cerca de 120.000 reis; metade, do lado sul, da terra lavradia, no Bragal, limite de Verdemilho, a confrontar do norte com a outra metade atribuída nesta escritura aos mesmos António Gonçalves Bartolomeu e mulher, do sul com o Excelentíssimo Casimiro Barreto Ferraz Sacheti, do nascente com José Moita, e do poente com Manuel Gonçalves Sarrico, de Verdemilho, sendo alodial, valia cerca de 110.000 reis. Os donatários ficavam obrigados a dar ao doador, no dia de São Miguel, anualmente, 6.000 reis (num total de 24.000 reis), 90 litros de milho bom, 7,5 litros de feijão bom e 10 litros de vinho bom. Teriam também de tratar bem do doador. Se os donatários não cumprissem com suas obrigações o doador tinha o direito de tomar posse das propriedades doadas. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, comerciante, assinando por Teresa de Jesus Bartola, João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, assinando por Emília Ramos da Maia, António de Oliveira, solteiro, sapateiro, assinando por Guilhermina Gonçalves Neta, todos residentes na vila de Ílhavo, Manuel Dias Neves, casado, lavrador, e José Fernandes Pinto, solteiro, sapateiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Physical location
D6.E12B.P2.0010
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:06:31
Last modification
07/06/2017 10:26:15