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Escritura de amigaveis partilhas que entre si fazem António da Rocha Deus e sua mulher, com sua irmã e cunhada Maria Solteira suijuris todos de Alqueidão de Ílhavo .

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH2/001/0008/00001
Title type
Atribuído
Date range
1825-07-28 Date is certain to 1825-07-28 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 1 a 4v
Scope and content
No ano de mil oitocentos e vinte e cinco, aos vinte e oito dias do mês de julho [1825-07-28], na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião compareceram, de uma parte António da Rocha Deus o novo e sua mulher Maria Luiza da Rocha, e juntamente sua irmã e cunhada Maria Solteira suijuris todos do lugar de Alqueidão do termo da Vila de Ílhavo, filhos e nora que ficaram de João da Rocha Deus do mesmo lugar, e pelos ditos outorgantes foi dito na presença das testemunhas que eram os únicos herdeiros que ficarão por morte do dito seu pai João da Rocha Deus, juntamente com sua irmã por nome Joana Solteira e maior de vinte e cinco anos; porem como esta sua irmã Joana faleceu logo depois da morte de seu pai; e enquanto viva não houve partilha alguma, e estiveram sempre em comum os bens que existiam na casa; por isso recaiu neles outorgantes o direito de únicos herdeiros tanto do dito seu pai como da dita sua irmã Joana, naqueles bens que a ela lhe pertenciam em hereditária porção materna, e da parte de seus avós e como assim, visto serem todos de maior idade tinham entre si feito Amigável Composição e Partilhas que quiseram transcrever em escritura pública da seguinte forma. Que António da Rocha Deus o novo e sua mulher ficariam com, um tonel de carvalho que levaria noventa almudes, avaliado em dois mil reis; mais outro tonel de carvalho que levaria cinquenta almudes, avaliado em cinco mil reis; mais um caixão de pau de pinho que levaria duzentos alqueires, avaliado em dois mil e quatrocentos reis; mais uma pia de pedra com sua cobertura, avaliada em dois mil reis; mais trinta contas de ouro, avaliadas em nove mil e quinhentos e oitenta reis; mais umas [assuadas] grandes, avaliadas em dez mil novecentos e quarenta reis; mais um cruzeiro, avaliado em três mil e setecentos e vinte reis; mais uns botões de ouro sem cadeias, avaliados em dois mil e seiscentos reis; mais um cordão de ouro, avaliado em dezoito mil quatrocentos e quarenta reis; mais um assento sito no casal de Alqueidão com todas as suas pertenças, que partia do nascente com José Nunes Ramos, e do poente com a serventia que vai para o Ribeiro Velho, avaliado em quinhentos mil reis; mais a metade da quinta dos Moitinhos que consta de duas casas, vinha, e oliveiras, arvores de fruto e pinhal, que partia de norte com os herdeiros de Eusébio Nunes Ribas e do sul com terra da mesma, que pertence a herdeira Maria, cuja extrema seria encostada a muro e carreira de pilares tapando este herdeiro a porta do casarão da rua e ficaria sem serventia pelas portas de carro, avaliado em trezentos mil reis; mais uma terra sita na Agra de Alqueidão que levaria de semeadura oito alqueires, e que partia de norte com Maria da Ferreira e serventia da mesma Agra, e do sul com João Nunes Pinguelo de Alagoa, avaliada em oitenta mil reis; mais outra terra na mesma Agra que levaria de semeadura quatro alqueires e que partia de norte com Gabriel Nunes Vizinho da Alagoa, e do sul com Alferes Luís Gonçalves da Rocha, avaliada em quarenta mil reis; mais uma terra sita no Camarnal que levaria de semeadura doze alqueires e que partia do norte com a viúva que ficou de António Borges da Conceição e do sul com Nuno Fernandes da Rocha, avaliada em oitenta mil reis; mais outra terra no Passadouro que partia de norte com Manuel Nunes do Couto e outros consortes, e do sul com as filhas de Francisco António de Castro, que levaria de semeadura cinco alqueires, avaliada em quarenta mil reis; mais outra terra no Cerjal, que levaria de semeadura quatro alqueires e que partia de norte com Manuel Ferreira Jorge o [Rondão] e do sul com Maria Barqueira, avaliada em quarenta mil reis; mais uma leira no Camarnal que levaria de semeadura dois alqueires, e que partia de norte com Manuel Nunes Ramos e dos sul com António da Rocha Brás da Lagoa, avaliada em vinte mil reis; mais um pinhal na Ervosa foreiro da senhora do Rosário que levaria de semeadura doze alqueires pouco mais ou menos e que partia do nascente com Tomé Nunes Vizinho da Lagoa e do poente com o filho do Jacinto do mesmo lugar, avaliado em vinte mil reis; mais um pinhal nas Quintãs que foi de José João do dito lugar que levaria de semeadura quinze alqueires e que partia do nascente com Alferes João Nunes de Figueiredo e do poente com Alferes Manuel Francisco e outros, avaliado em cento e cinco mil reis; mais umas consortes na Lagoa do Junco que levariam de semeadura doze alqueires e que partiam do norte com os herdeiros de Luís Nunes Mau e Manuel da Rocha Trolaró e João António Morgado e mais consortes, e do sul com um campo de vários herdeiros e do nascente com Lagoa do Junco, avaliado tudo em oitenta mil reis; mais outro pinhal a onde chamavam os Pinhais Queimados que levaria de semeadura cinco alqueires e que partia do norte com Luís dos Santos Torrão e do sul com herdeiros de Manuel dos Santos Pereira da Alagoa, avaliado em vinte mil reis; mais outro pinhal no mesmo sitio que levaria de semeadura dois alqueires e que partia de norte com Joaquim Inácio e do sul com os herdeiros do Capitão-mor das Ribas, avaliado em vinte mil reis; mais uma vessada no sitio da Lagoa que partia de norte com calçada e do sul com Pedro de Sousa Ribeiro avaliada em oitenta e dois mil reis. A herdeira e outorgante Maria Solteira, ficaria com, uma imagem de um Santo Cristo, avaliada em mil e duzentos reis; uma junta de bois que havia na casa, avaliada em setenta e dois mil reis; uma égua, avaliada em vinte e quatro mil reis; um foro de setecentos reis e uma [galinha imposto no assento tido do catralvo das Ribas], avaliado em dezoito mil e quatrocentos reis; um alambique avaliado em quinze mil reis; uma pipa de carvalho que levaria trinta almudes, avaliada em dois mil e quatrocentos reis; outra pipa de carvalho que levaria vinte cinco almudes avaliada em mil quatrocentos e quarenta reis; outra pipa pequena que levaria catorze almudes, avaliada em seiscentos reis; uma caldeira pequena avaliada em oitocentos reis; outra caldeira maior avaliada em oitocentos reis; outra caldeira de cobre, avaliada em oito mil reis; uma bacia dos pés, avaliada em mil quatrocentos e quarenta reis; um caixão de pau de pinho mais pequeno, avaliado em mil duzentos reis; um laço de ouro, que pesaria sete mil setecentos e quarenta reis; trinta e nove contas de ouro desiguais e amoladas que pesariam seis mil e quinhentos reis; umas [assuadas] de Aljôfares e as mais pequenas que pesariam oito mil e quatrocentos reis; sessenta contas de ouro miúdas algumas quebradas que pesariam mil quatrocentos e quarenta reis; trinta contas de ouro algumas desiguais que pesariam oito mil e duzentos reis; mais trinta contas de ouro grandes e algumas amoladas que pesariam seis mil quinhentos e sessenta reis; trinta e cinco contas de ouro miúdas já cobradas que pesariam dois mil e trezentos reis; mais uma junta de bois que andavam em casa de José António Santo no casal por sessenta mil reis; uma escritura que deve ao casal Manuel dos Santos Fradinho da Alagoa de sessenta e dois mil reis; mais um assinado de divida da quantia de seis mil e quatrocentos reis que deve Manuel André Batata do Rocio; mais a quantia de nove mil reis que deve Luís Simões Vagos da Ermida filho do moleiro do Soalhal; um Palheiro sito na Malhada que parte do norte com Luís dos Santos Regateiro, e do sul com Alferes Rigueira, avaliado em noventa e seis mil reis; a metade da quinta dos Moitinhos que constava de casas de viver e terra lavradia e parreiras e oliveiras com suas cortadas de carro que vai para as Quintãs que levaria de semeadura trinta alqueires e que partia de norte com muro que era da fazenda da outra metade pertencente ao herdeiro António, e do sul com dona Rosa Cândida de Alqueidão, avaliada em trezentos mil reis; uma terra na Agra de Alqueidão que levaria de semeadura quatro alqueires e meio e que partia de norte com Manuel do Carrancho e do sul com viúva que ficou de Manuel da Rocha Fradinho, avaliada em cinquenta mil reis; mais uma terra no sitio das Cavadas que levaria de semeadura quatro alqueires e que partia de norte com o caminho que ia para a Alagoa para a Chousa Nova, e dos sul com Manuel da Rocha da Silveira, avaliada em cinquenta mil reis; mais uma terra com sua chave sita na Lagoa que levaria de semeadura dois alqueires e meio e que partia do norte com Luís Gonçalves da Rocha e do sul e poente com a viúva de João Guedes Paixão, avaliada em vinte e cinco mil reis; uma terra sita na Moita que levaria de semeadura nove alqueires e que partia do nascente com Pedro Rodrigues dos Moitinhos e do poente com Manuel da Rocha e outros, avaliada em noventa mil reis; uma terra sita no Arieiro chamado o Chão dos Pinheiros que parte do norte e do sul com os caminhos que ia para Camarnal que levaria de semeadura sete alqueires, avaliada em cinquenta e cinco mil reis; mais outra no mesmo sitio que levaria de semeadura seis alqueires e que partia do norte com Luís dos Santos Regateiro e do sul com a comporta que ia para a Azenha de Joana da Gesta, avaliada em cinquenta mil reis; mais outra terra na Chousa do Amarelo que levaria de semeadura cinco alqueires e meio e que partia de nascente com Silvestre Ferreira Solha e do poente com a viúva de Paulo Francisco Bolha, avaliada em cinquenta e cinco mil reis; mais uma terra no sitio do Mourão que levaria de semeadura dois alqueires e partia do nascente com a viúva de Agostinho André Alão e do sul com Tomé Simões Machola, avaliada em catorze mil quatrocentos reis; mais um assento de casas sito em Cimo de Vila de Ílhavo que constariam de duas cozinhas e dois quartos, salas e sitio de um Palheiro com seu pátio, e que partia do norte com Padre Joaquim Senos e do sul com Manuel António Carrancho, avaliada em oitenta mil reis; mais um pinhal sito no rio da Lavandeira que levaria de semeadura dois alqueires e que partia de norte com João [Luas] Ferreira Feliz e do sul com Manuel dos Santos Madahil de Verdemilho, avaliada em trinta mil reis; mais outro pinhal sito na Gândara de Alqueidão chamado a do Jacinto que levaria de semeadura oito alqueires e que partia do norte com filhos de Dionísio Telheiro das Quintas e do sul com os herdeiros de Paulo Francisco Barroca, avaliado em sessenta mil reis; mais outro pinhal sito na Gândara de Ílhavo chamado o Bico e que partia do norte com caminho que vai para o forno e do sul com Maria Pereira, avaliado em cinquenta mil reis, mais um pinhal acima da Preza chamado o da Serrana e que partia do norte com herdeiros de Manuel Alves da Ermida e do sul com Luís Gonçalves da Rocha, avaliado em vinte mil reis; mais outro pinhal sito nas Quintãs que levaria de semeadura dois alqueires e que partia do nascente com filhos de Dionísio Telheiro e do sul com João Nunes de Figueiredo, avaliado em vinte mil reis; mais dois leirões de vinha a onde chamavam a Velha que partia do nascente com Tomé João Vaz e do poente com Manuel da Rocha, e levaria de cava dois homens, avaliado em vinte e quatro mil reis. E haverá de si mesma esta herdeira Maria a quantia de oitenta e seis mil quatrocentos e sessenta reis que em si tinha e que tanto haveria de tornar a seu irmão António da Rocha Deus o novo, e pelo que levasse de mais na sua porção hereditária que lhe coubesse herdar por falecimento de seu avô materno Manuel Gonçalves Baixo, de cuja a torna, o dito outorgante seu irmão António da Rocha Deus disse logo na presença das testemunhas que por meio da dita escritura dava plena paga e geral quitação à dita sua irmã Maria, por haverem assim feito as partilhas e contas, e por uns e outros foi aceite a escritura de Amigáveis Partilhas com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Joaquim Resende filho de João José Resende e Eusébio Nunes Vidal, ambos da Vila de Ílhavo, e a rogo das mulheres Manuel Alves da mesma Vila.
Physical location
D6.E12B.P.2.Cx.0009
Language of the material
Por (português)
Notes
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
02/06/2017 11:02:43
Last modification
02/06/2017 11:14:20