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Prelado que faz Maria Simões, solteira, maior de idade desta Vila

Description level
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Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH2/001/0005/00037
Title type
Atribuído
Date range
1806-01-15 Date is certain to 1806-01-15 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 49v a 53
Scope and content
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de janeiro [1806-01-15], Maria Simões Solteira, maior de vinte e cinco anos filha de António Nunes moradora na Vila da Ermida, temendo a sua morte e estando em seu perfeito juízo fez seu testamento da seguinte forma. Primeiro professou a sua fé na religião católica e pediu que fossem realizadas as indulgências depois do seu falecimento, deixou à Capela de Santiago da Vila de ermida mil e seiscentos reis de esmola por uma só vez, deixou aos criados que serviram a sua casa, a cada um mil e quinhentos reis, pediu que as dividas que houvessem por tempo da sua morte as pagassem a sua sobrinha Maria Antónia da Costa casada com António Joaquim, e que Ana Borges casada com Capitão Manuel António Facão e Joana de Oliveira, filha de seu irmão Manuel Nunes da Costa e de sua primeira mulher Maria Antónia, seriam suas únicas e universais herdeiras mas que não teriam embaraço algum nas partilhas, dividindo esses bens da forma seguinte, tanto por elas como por seu sobrinho Francisco, deixou à sua sobrinha Maria Antónia da Costa a sua Quinta com assento de casas sobradas e vinha e pomar e vessada de terra que por bem conhecida se não confrontara, e lhe deixou todos os moveis de casa e serventes e direitos de receber todas as dividas, ficando sua sobrinha Joana de Oliveira com a obrigação de pagar as esmolas que deixara e lhe deixou o aído da parte de Ílhavo chamado aído e que partia do poente com estrada publica mais lhe deixou o chão de [Broeiro] e mais o Chão da Lagoa que levaria de semeadura doze a treze alqueires de pão e mais pinhal que comprou a Dona Angélica e mais uma leirinha de terra no Carril, mais um pinhal e mais a leira de carvalho com a obrigação de mandar rezar pela sua alma trezentas missas, deixando para isso vinte reis para cada uma e mais cinquenta ditas em altar privilegiado também pela sua alma de esmola de cento e cinquenta reis cada uma, e se morresse depois de recolhida a fruta da fazenda que possuía ficaria a metade para a sobrinha Maria Antónia da Costa e a outra metade se partiria igualmente pelos seus sobrinhos, Joana e Francisco, ambos filhos de seu irmão Manuel Nunes da Costa e se morresse em tempo que fruta houvesse pendente nas terras as deixariam todas suas sobrinhas a sobrinho Francisco, e a sua sobrinha Ana Borges casada com Capitão Manuel António Facão deixou a sua vessada de terra baixa na Lagoa de Grou que partia com ela e mais outra terra no mesmo sitio que estava perto de uma terra de Padre João Borges mais uma vessada no sitio de Soalhal e mais um chão chamado de Manuel João e a leira do Cego e a leira de Soalhal que fazia Inácio do Miguel e a leira de terra de Mano do Couto de Benelo e parte do poente com ela e outra leira de terra ali ao pé que trazia arrendada o Jerónimo, com a obrigação de mandar dizer cem missas pela alma de seus pais e irmão e mais cento e cinquenta pela sua alma, deixou a sua sobrinha Joana o seu chão de caniço e o chão de feijão e a vessada de leiras que trazia arrendada António Malheiro e o aído da Ana e a quinta que fez de Isabel Pereira e outra terra lavradia e pinhal e chão de vinha chamado a Chousa do Roque e um pinhal na Gândara de Sosa e lhe deixou tudo com satisfação, e deixou a suas sobre ditas sobrinhas as suas casas e eiras na rua da Igreja de Ílhavo, deixou a seu sobrinho Francisco filho de seu irmão Manuel Nunes da Costa, no Soalhal o assento de casas e terra lavradia na rua das Ribas e mais leiras de terra que trazia de renda Jerónimo e mais um chão no Vale de Ílhavo que trazia arrendado a viúva do ferreiro e mais uma terra no Carril novo e se o sobre dito sobrinho Francisco morrer sem ter filhos, passariam para as suas sobre ditas sobrinhas Maria; Ana e Joana, e assim o declarou aceitou e outorgou na presença das testemunhas Reverendo Padre António Domingues capelão de Nossa Senhora da Penha de França.
Physical location
D6.E12B.P.2.Cx.0009
Language of the material
Por (português)
Notes
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
02/06/2017 10:56:24
Last modification
02/06/2017 11:14:18