Paróquia de Cacia

Description level
Fonds Fonds
Reference code
PT/ADAVR/PAVR02
Title type
Atribuído
Date range
1648-07-18 Date is certain to 1911-03-29 Date is certain
Dimension and support
176 liv. (2,00 m.l.)
Extents
2 Metros lineares
Biography or history
Orago de São Julião.

O Conde D. Henrique e sua mulher D. Teresa, quando da reconquista cristã, em documento de 25 de Agosto de 1106, doaram ao Mosteiro de Lorvão «medietatem de villa nostra nomine Cacia» (metade da nossa vila de nome Cacia).

O padroado da freguesia era da abadessa do referido Convento, a qual, por isso, apresentava os respetivos párocos à confirmação episcopal; todavia, a instituição de uma Comenda da Ordem de Cristo nas rendas desta igreja, no século XVI, deu origem a uma substancial diminuição nos réditos do Mosteiro. Sabemos, por exemplo, que em Março de 1590, o comendador António de Melo da Silva, como senhor de todas as terras e propriedades dessa Comenda, reivindicava as duas partes dos dízimos, e de muitos já se declarava em posse, por si e seus rendeiros e antepassados, de mais de dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta e cem anos a esta parte.

A igreja paroquial é dedicada ao mártir S. Julião ou Gião. Aquele templo, reconstruído nos meados do século passado , tem no seu recheio esculturas medievais de calcário, como a Virgem e o Menino, dos meados do século XV, sendo da mesma época as imagens dos Mártires S. Sebastião e Santa Catarina.

Em 1775, os dízimos paroquiais de Cacia, que apenas contava 458 fogos, rendiam anualmente 900.000 réis; mas o pároco não recebia tais dízimos, porque duas partes pertenciam à dita Comenda da Ordem de Cristo e a terceira parte ao Real Mosteiro de Lorvão. Contudo, a Comenda não só tinha a obrigação de reedificar a capela-mor e a sacristia, bem como o dever de as ornar e paramentar – dando por ano, para esse efeito, a importância de 10.000 réis; além disso, dava ao pároco a quantia de 260.000 réis e ao cura coadjutor amovível, que vivia a expensas do pároco, a soma de 10.000 réis.

Em 1751 era da comarca de Esgueira, Bispado de Coimbra. Em 1839 era do concelho de Esgueira e comarca de Aveiro. Em 1852 concelho e comarca de Aveiro.
Custodial history
Esteve na posse da Igreja paroquial até à criação do Registo Civil, em 1911, publicada no Diário do Governo nº 41 de 1911-02-20. Nesta data as paróquias foram obrigadas por lei, a entregar os livros de registos de Batismo, casamento e óbitos às repartições do Registo Civil.

Este fundo esteve na posse do Arquivo da Universidade de Coimbra até ao ano de 1976, já que apesar de ter sido criado em 1965, pelo Decreto nº 46350, de 22 de Maio, o Arquivo Distrital de Aveiro, só viria a dispor de instalações seis anos mais tarde, tendo no ano de 2002 transferido a documentação para as atuais instalações do Arquivo Distrital de Aveiro.
Acquisition information
Incorporações provenientes do Arquivo da Universidade de Coimbra 1976-04-14, e

da Conservatória do Registo Civil de Aveiro 2012-02-29; 2008-02-08; 2002-10-25 e 1986-11-12.
Scope and content
Constituído pelos registos de batismos, casamentos e óbitos.
Arrangement
Organização funcional. Ordenação cronológica dentro das séries.
Access restrictions
Comunicável.

Por razões de preservação, a documentação digitalizada e/ou microfilmada é consultável apenas através da respetiva cópia digital ou microfilme.
Conditions governing use
Regulamento de Reprodução de Documentos, Despacho n.º 6852/2015, Diário da República, 2ª série, N.º 118 de 19 de junho de 2015.
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
PORTUGAL. Arquivo Distrital de Aveiro-DigitArq [Em linha].Aveiro: ADAVR, 2016.[Consult. 02 Junho 2016]. Atualização diária. Disponível em URL:http://adavr.dglab.gov.pt
Alternative form available
Existem microfilmes de consulta para os livros n.º 1 a n.º 18
Creation date
30/01/2007 00:00:00
Last modification
31/08/2016 14:19:13