Available services

Escritura de empréstimo de dinheiro a juro que empresta Manuel Gonçalves Andril do Bonsucesso a José da Costa Carola e mulher desta vila, da quantia de 200 000 réis.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH1/001/0043/00018
Title type
Atribuído
Date range
1872-07-03 Date is certain to 1872-07-03 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 23 a 24
Scope and content
Compareceram na vila de Ílhavo no Cartório do tabelião, de uma parte como primeiros outorgantes, Manuel Gonçalves Andril, casado, lavrador do lugar do Bonsucesso, julgado de Aveiro, e da outra como segundos outorgantes, José da Costa Carola e sua mulher Joana Rosa da Conceição Barreto, proprietários, da vila de Ílhavo. E pelos segundos outorgantes foi dito, que tendo precisão da quantia de 200 000 réis para arranjo de suas vidas, os pediram emprestados aos primeiros outorgantes, à razão de juro de 6 e um quarto ao ano; dizendo eles ditos José da Costa Carola e sua mulher que já tinham recebido da mão do Manuel Gonçalves Andril a quantia de 100 000 réis, e em seguida pelo pelos mesmos credores foi apresentada a quantia de 100 000 réis, que com aqueles 100 000 réis que já entregara a eles devedores, fazendo estas duas verbas a quantia de 200 000 réis, que ele credor emprestava a eles devedores, à razão de juros de 6 e um quarto ao ano, livres de décima, de registo, manifesto, ou outra qualquer despesa que ele credor pudesse vir a fazer para receber tanto o capital como o respetivo juro. E sendo por estes recebida, a dita quantia, disseram eles devedores, que se confessavam devedores e que ao portento pagamento, obrigando suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram dois armazéns de casas, sita na Rua de Espinheiro, que partiam de norte com Luís da Silva, de sul com rua pública, a nascente com o Carril, e poente com José António de Magalhães, e o seu valor real era de 400 000 réis, mais hipotecaram um quintal, sito no Cortido da vila de Ílhavo, que partia de norte com filho de Agostinho Nunes Ramos, a sul com o caminho público, e a poente com o mesmo caminho, e nascente com João Francisco Bartolo e o seu valor real era de 100 000 réis, cujas propriedades eram suas livres, e não se achavam hipotecadas e que para maior segurança dele credor lhes davam eles devedores, por seu fiador e principal pagador, João Mário Barreto, solteiro, de maior idade da vila de Ílhavo, o qual sendo parente, e que o próprio disse perante as testemunhas, que de sua e livre vontade ficava por fiador e principal pagador da quantia de 200 000 réis, e seus respetivos juros, responsabilizando-se por esta quantia como se fosse dívida sua, ao que obrigou a sua pessoa e bens em geral, e em especial hipotecara a sua parte na Quinta denominada a Quinta dos Donos, que herdara de seus avós maternos Luís dos Santos Barreto e mulher, e que o seu valor real seria de 200 000 réis. E logo pelo credor foi dito que aceitava e escritura da maneira que dito ficou e que por isso de dava por satisfeito, e de como eles outorgantes assim disseram, quiseram aceitaram e outorgarão, foram testemunhas presentes ao ato, António Augusto de Almeida, casado, oficial de diligências, e José Leopoldino da Silva, casado sapateiro, da vila de Ílhavo, que depois de lida em voz alta, e perante todos a assinaram.
Physical location
D6.E12B.P1.CX0005
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
13/05/2019 15:27:06
Last modification
14/05/2019 11:06:47