Available services

Escritura de partilhas amigáveis e entrega de bens que fazem a viúva e herdeiros de João Cassoilo Velho, da Gafanh, freguesia de Ílhavo, em 4 de outubro de 1897.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0027/00004
Title type
Atribuído
Date range
1897-10-04 Date is certain to 1897-10-04 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 6-10
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis e entrega de bens, feita na freguesia de Ílhavo, Gafanha (Cale da Vila), residência de José Maria Sarabando, entre Luísa da Rocha, viúva de João Cassoilo Velho, e seus filhos, genros e noras: Manuel da Silva Cassoilo e mulher Rosa de Jesus, Maria de Jesus e marido Manuel Sarabando, ou Manuel Vexina, Joana de Jesus e marido Manuel Teixeira, Engrácia de Jesus e marido Francisco Rodrigues Marçal, e José Caçoilo Teixeira e mulher Evangelina de Jesus, todos seareiros e moradores na Gafanha (Cale da Vila), freguesia de Ílhavo. Foram feitas as partilhas do marido, pai e sogro dos outorgantes João Cassoilo Velho, morador que foi na Gafanha, divindo-se os bens do casal em 2 meações iguais, uma para a outorgante viúva, como meeira do casal, e a outra subdividida em 5 quinhões iguais, distribuídos pelos outros herdeiros. Luísa da Rocha ficava com: um pinhal e seu termo, no sítio da Areia (Gafanha), conhecida pelo pinhal do sul, a confrontar do norte com António Caçoilo e José Teixeira e com um terreno atribuído nesta escritura a Maria de Jesus, do sul com caminho de consortes, do nascente com Sebastião Vida e do poente com José Teixeira Novo, sendo alodial; outro pinhal e seu terreno, no mesmo sítio, conhecido pelo pinhal do norte, a confrontar do norte com José Teixeira, do sul com terra atribuída nesta escritura a Jacinto Rocha, sendo alodial; uma pequena leira de terra, no mesmo local, ao norte constada ao caminho de carro, sendo correspondente a um terço de toda a terra, confronta do poente e norte com o dito caminho de carro, do sul com os dois terços atribuídos nesta escritura a Maria de Jesus e marido e do nascente com João Teixeira Júnior, sendo alodial; e uma leira, na Cale da Vila,, dentro de um aido lavradio, leira que media pelo poente, a contar do sul para o norte, 67,5 m de largura, e pelo lado nascente ou da ria, 87,5 m de largura, sendo alodial. Pelo poente do aido estava um pequeno assento de casas, vendido aos outorgantes José Caçoilo Teixeira e mulher, que lá viviam, como consta do título de venda de 1887/10/30. Manuel da Silva Caçoilo e mulher ficavam com: o resto do aido, retirada a leira vendida e a adjudicação à meeira viúva, ou seja, uma leira (primeira do lado norte), desde a ria até entestar no caminho, onde existia a casa onde estes outorgantes viviam (que foi construída por eles à sua custa), confrontada a eira do norte com herdeiros de Sebastião Teixeira, do sul com a outra leira atribuída nesta escritura a José Cassoilo Teixeira e com as casas destes, do nascente entesta na ria; a quinta parte (primeira do lado sul) da terra na Areia, a confrontar toda a terra do norte com João Teixeira Júnior e outro, do sul com Sebastião Vida, do nascente com caminho de consortes, e do poente com Jacinto Teixeira, sendo alodial. Maria de Jesus e marido ficavam com: metade, do lado norte, de uma leira de terra lavradia, na Cale da Vila, conhecida pela Terra Nova, a confrontar a mestade do norte com Jacinto Teixeira e do sul com a outra metade atribuída nesta escritura a Engrácia de Jesus e marido, sendo alodial; o terreno onde os outorgantes Maria de Jesus e marido tinham a sua casa e pátio, onde viviam (construídas à sua custa), terreno que pertence ao aido já referido; a quinta parte (a terceira do sul para o norte) da terra lavradia, na Areia, já confrontada; dois terços restantes da terra da Areia, ao norte, encontados ou contíguos ao terço que já foi adjudicado à meação da viúva, confrontando estes dois terços pelo norte com o dito terço da viúva e pelo sul com Manuel Teixeira; uma pequena leira de terra, na Lagoa de Fora, não confrontada por ser bem conhecida; outra pequena leira de terra, nas Covas do Meio, a confrontar do norte com caminho de consortes e do sul com o pinhal da Areia conhecido pelo “pinhal do sul”, atribuído nesta escritura à outorgante viúva. Joana de Jesus e marido ficavam com: uma leira de terra lavradia, na Cale da Vila (Gafanha) a confrontar do sul com José Teixeira Velho, do norte com herdeiros de Jacinta Teixeira, do nascente com e poente com caminhos públicos, sendo alodial; a quinta parte (última a contar do sul para o norte) da terra lavradia, na Areia, já confrontada; um bocado de terra lavradia, nas Covas, contíguo ao pinhal, conhecido pelo pinhal do norte, confronta do sul com José Teixeira, do norte com herdeiros de Sebastião Teixeira e poente com Jacinta Rocha ou Jacinta Teixeira Novo. Engrácia de Jesus e marido ficavam com: a quinta parte (segunda do lado sul) da terra da Areia, já confrontada; a metade (do lado sul) da leira de terra, na Cale da Vila, conhecida pela Terra Nova, a confrontar a metade do norte com a outra metade atribuída nesta escritura a Maria de Jesus e marido e do sul com José Maria Sarabando, do nascente com a ria e do poente com caminhos de carro; outra terra inculta, no mesmo sítio da Terra Nova, ao poente deste caminho de carro, a confrontar do nascente com o mesmo caminho, do sul com José Teixeira Velho e do norte com Jacinto Teixeira Novo, sendo alodial. José Caçoilo Teixeira e mulher ficavam com: metade do resto do aido já referido, depois de retirada a leira vendida e adjudicada à meação da viúva, ou seja, uma leira, (segunda do lado norte), confrontada do norte com seu irmão Manuel da Silva Cassoilo, do sul com a parte do aido adjudicada à meação da viúva, do nascente com a ria e do poente com a regueira das casas, sendo que esta leira fazia uma chave por cima do caminho, para a parte sul, para a meação da viúva, sendo a chave do mesmo outorgante (José Caçoilo Teixeira); a quinta parte da terra da Areia (a segunda do norte) já confrontada; uma terra, na Lagoa, na Cale da Vila, conhecida pela terra da Lagoa, a confrontar do note com Ana de Jesus, viúva de Jacinto Teixeira, do sul com herdeiros de Jacinto Teixeira Cardoso, do nascente com a mesma Ana de Jesus e do poente com caminho de consortes, sendo alodial. Depois de feitas as partilhas a outorgante viúva doou a sua meação aos outorgantes. Manuel da Silva Cassoilo e mulher ficavam com: a terça parte do pinhal da Areia, conhecido pelo “pinhal do sul”, já confrontado (a primeira do nascente); 2 leiras, das 14 em que o aido já referido foi dividido (5 na parte mais alta, 5 na parte mais baixa, do lado do rio, 2 ao sul da regueira e 2 abaixo das casas), sendo as leiras doadas aqui na parte mais alta, a terceira a contar do poente para o nascente, e a outra, na parte mais baixa, do lado do rio, a segunda do lado norte, valendo os bens doados o total de 100.000 reis. Maria de Jesus e marido ficavam com: uma terça parte (a do meio) do pinhal da Areia (o do sul) já confrontado, entre o quinhão de Manuel da Silva Cassoilo e o de Engrácia de Jesus; no aido de 14 leiras, 3 leiras, 1 na parte alta (a primeira do poente), outra na parte baixa (do lado do rio, a terceira ou a do meio) e na parte abaixo das casas outra (primeira do lado sul), valendo estes bens 100.000 reis. Joana de Jesus e marido ficavam com: metade (do lado sul) do pinhal, na Areia, conhecido pelo pinhal do norte; no aido das 14 leiras, 3 leiras, uma na parte alta (segunda a contar do nascente para o poente), outra na parte baixa do lado do rio (segunda a contar do sul para o norte) e outra na parte ao sul da regueira (primeira do poente), tendo os bens o valor de 100.000 reis. Engrácia de Jesus e marido ficavam com: a terça parte (primeira do lado poente) do pinhal, na Areia, conhecido pelo pinhal do sul, já confrontado; no aido das 14 leiras, 3 leiras, uma na parte alta (primeira do nascente), outra na parte baixa ao pé do rio (primeira do sul), na qual existia um espaço para descarregamento do moliço e servidão de carro para todas as leiras, medindo este terreno que servia de servidão 7 m de largura, a contar dos marcos, e outra na parte do sul da regueira (a segunda a contar do poente, confrontanda do poente com sua irmã Joana e do nascente com o rio, tendo os bens totais um valor de 100.000 reis. José Caçoilo Teixeira e mulher ficavam com: metade (do lado norte) do pinhal da Areia, conhecido pelo pinhal do norte; a terça parte da terra, na Areia, ao norte, encostada ao caminho de carro, já confrontada; no aido das 14 leiras, 3 leiras, uma na parte alta (segunda do lado poente), outra na parte baixa (primeira do lado norte) e outra abaixo das casas, contígua pelo lado sul à leira que lhe ficou pertencendo na legítima paterna, sendo os bens doados no valor total de 100.000 reis. A doadora receberia anualmente de cada donatário (marido e mulher como um) pelo São Miguel 8 medidas de: 20 l de milho bom, 60 litros de feijão bom, 3,5 arrobas de batatas, 2.250 reis para um cevado e 1.200 reis para lenha. Os donatários teriam de tratar bem da doadora. No incumprimento das obrigações dos donatários, a doadora poderia tomar posse das propriedades doadas. Foram testemunhas António Nunes Carlos, casado, alfaiate, morador na Gafanha, assinando por Manuel da Silva Coçoilo e mulher, José da Rocha o Carloto, solteiro, seareiro, assinando por Maria de Jesus, mulher de Manuel Sarabando, Francisco da Rocha, casado, jornaleiro, deste lugar, assinando por Joana de Jesus, mulher de Manuel Teixeira, Manuel da Rocha Novo, casado, jornaleiro, deste lugar, assinando por Engrácia de Jesus, Jacinto Teixeira Novo, casado, seareiro, deste lugar, assinando por Evangelina de Jesus. Foram ainda testemunhas João Ferreira Martins, casado, negociante, e Manuel Teixeira Novo, solteiro, seareiro, ambos moradores neste lugar.
Physical location
D6.E12B.P2.0026
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:18:04
Last modification
07/06/2017 10:26:24