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Escritura de doação inter vivus com imediata transferência de domínio e posse e reserva de usufruto que fazem António Francisco Xincho e mulher a sua sobrinha Maria Rosa Ferreira, solteira, maior, todos residentes na Palhaça.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0020/00017
Title type
Atribuído
Date range
1896-06-13 Date is certain to 1896-06-13 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 25v a 27v
Scope and content
Escritura de doação inter vivus com imediata transferência de domínio e posse e reserva de usufruto, sendo intervenientes, António Francisco Xincho e mulher Maria Joana Vieira, como doadores, lavradores e, como donatários, sua sobrinha Maria Rosa Ferreira, solteira, lavradora, residente no lugar e freguesia da Palhaça, concelho de Aveiro. E logo pelos doadores foi dito que não tendo herdeiros alguns necessários e sendo muito afeiçoados à sua sobrinha Maria Rosa Ferreira, filha legítima de Albino de Oliveira e Rosa Maria Vieira, da freguesia de Nariz, era de sua própria e livre vontade que doavam à sua sobrinha, as seguintes propriedades: metade, a do lado norte, de um terreno de pinhal e mato e respetivos pertences, sita no Outeiro Gordo, limite da freguesia de Nariz, que confrontava a norte com vários inquilinos, a sul com a outra metade dos doadores, a nascente com o padre Bernardo Tomás da Silva e a poente com Manuel Evaristo Luís Ferreira e outros, todos da freguesia de Nariz e Soza, sendo o seu rendimento anual de 6 mil reis e o seu valor é de 200 mil reis; uma terra lavradia no Rebolo, limite da Palhaça, que confrontava a norte com João Simões Capão, da freguesia da Palhaça, a sul com João Domingos, de Nariz, a nascente com caminho público e a poente com João Simões Samagaio, da Palhaça, sendo que a propriedade pode render anualmente 2 mil reis e o seu valor é de 60 mil reis; um prédio que se compõe de terra lavradia e vinha filoxerada, pinhal e mais pertences, sito no local onde chamam “Bebe e Vai-te”, limite da Palhaça, que confrontava a norte com José Martins [ilegível], a sul com António José de Magalhães, a nascente com Maria Ruiva, viúva e a poente com Manuel Marques e outros, todos da freguesia da Palhaça, sendo que, a propriedade pode render anualmente mil e 500 reis e o seu valor é de 40 mil reis e um assento de casas térreas, onde viviam, com seu aido contíguo, poço , árvores de fruto, eira, casa da eira, pátio, abegoarias e mais pertences, sito na rua do Roque, da Palhaça, que confrontava a norte com José Martins [ilegível], a sul com estrada distrital de Aveiro à Palhaça, sendo que, pode render anualmente 11 mil reis e o seu valor é de 350 mil reis. O valor de toda esta doação é de 650 mil reis, sendo que, fazem esta doação com as seguintes condições: os doadores reservam para si e, enquanto forem vivos, o usufruto de todas as propriedades, caso a donatária falecesse antes deles doadores e sem herdeiros, as propriedades reverteriam novamente para eles; a donatária continuaria a viver na companhia deles até à morte do último, sendo obrigada a tratá-los bem, tanto no estado de saúde como de doença. Foram testemunhas presentes, António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo, David Pereira da Silva, casado, alfaiate, Joaquim Marques da Margarida, casado, artista na Fábrica da Vista Alegre, todos residentes nesta vila, Tomé da Rocha Deus, casado, lavrador, residente em Ílhavo e Domingos Ferreira da Silva, casado, negociante, residente na Palhaça.
Physical location
D6.E12B.P2.0020
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:11:11
Last modification
07/06/2017 10:26:20