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Escritura de contrato de beneficência particular que fazem o Ilustríssimo Dionísio Cândido Gomes e outros, desta vila e da Gafanha, em 21 de outubro de 1894.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0010/00022
Title type
Atribuído
Date range
1894-10-21 Date is certain to 1894-10-21 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 33v-38
Scope and content
Escritura de contrato de beneficência particular, feita nesta vila de Ílhavo, Rua Serpa Pinto e edifício do teatro, entre o Ilustríssimo Dionísio Cândido Gomes, proposto do recebedor do concelho de Ílhavo e mulher Rita da Anunciação Gomes, governanta de casa, Sebastião António da Silva, escrivão do juízo de paz deste distrito e mulher Maria Rosa Priora da Silva, govenanta de casa, João Gonçalves Viana, marnoto, e mulher Josefa Rosa de Jesus, governanta de casa, Francisco Ferreira Saraiva, pescador, e mulher Maria Xis, [pescadeira], Manuel Francisco [Cabito], viúvo, pescador, Domingos José Gago, marítimo, e mulher Maria Joana Brisida, governanta de casa, António Nunes Pelicas, [pescador] e mulher Maria Rosa de Jesus, [pescadeira], José Francisco Bichão e mulher Maria dos Anjos de Jesus, pescadores, Manuel Fernandes Bonito, pescador, e mulher Joana Faca, [pescadeira], José Luís do Paulo, carpinteiro e mulher Maria Apolinária, governanta de casa, Joaquim Marques da Margarida, empregado na fábrica da Vista Alegre, e mulher Jacinta [Companta], governanta de casa, o Ilustríssimo Casimiro Ferreira da Cunha, escriturário da repartição de fazenda do concelho de Ílhavo, e esposa D. Silvina da Conceição Gomes, negociante, Luís Ferreira Patacão, pescador, e mulher Rita da Conceição [pescadeira], João André dos Santos, pescador, e mulher Joana Maria Airosa, [pescadeira], José Pereira da Silva, pescador, e mulher Maria da Apresentação, governanta de casa, Herculano Ferreira de Matos e mulher Felicidade Marques da Silva Henriques, proprietários, José Nunes de Oliveira, pescador, e mulher Rita de Oliveira, [pescadeira], António Rocha, [marítimo], e mulher Henriqueta de Jesus, governanta de casa, Cristovão de São Marcos, pescador, e mulher Maria Rosa Helena, governanta de casa, Maria Nunes de Almeida, viúva de José Ferreira dos Santos, governanta de casa, António da Silva Bento e mulher Maria Emília da Purificação, proprietários, Maria Joaquina de Jesus, viúva de manuel da Silva Peixe, governanta de casa, Manuel Francisco dos Santos, pescador, e mulher Maria [Cabanca] de Jesus, [pescadeira], Rosa de Oliveira da Silva, e Rosária Panela Ramalheira, ambas governantas de casa, aquela por si e como procuradora de seu marido António de Oliveira da Velha o Benedita, pescador, e esta por si e como procuradora de seu marido João Pereira Ramalheira, marítimo, Manuel da Rocha Braz e mulher Maria da Rocha Deus, lavradores, Maria de Jesus Lau, viúva de João Simões Chuva Ferreiro, governanta de casa, todos residentes na vila de Ílhavo exceto Herculano Ferreira de Matos e mulher, que residiam no Cabeço do Boi, da freguesia de Ílhavo, Francisco Nunes Feliciano e mulher Rosália de Jesus, lavradores, residentes na Coutada, Manuel Simões Ruivo e mulher Maria de Jesus Oliveira, lavradores, residentes na Apeada, Manuel dos Santos Ferreira, marnoto, e mulher Alexandrina de Jesus, governanta de casa, residente na Légua, Diamantino Domingues e mulher Joana da Conceição, residentes na Gafanha (caseiros), lavradores, Maria de Jesus, viúva de Cirilo da Rocha, residente na Gafanha (gramata) todos da freguesia de São Salvador de Ílhavo. Os outorgantes constituíam-se em grémio, ou sociedade particular de beneficência, para pagar as remissões ao serviço do exército e armada dos seguintes mancebos: Dinis, filho de Dionísio Cândido Gomes e mulher; João, filho de Sebastião António da Silva e mulher; Francisco, filho de João Gonçalves [Vian] e mulher; António, filho de Francisco Ferreira Saraiva e mulher; José, filho de José Francisco Carrapichano, no qual estava presente Manuel Francisco Cabelo; João, filho de Domingos José Gago e mulher; António, filho de António Nunes Pelicas e mulher; Paulo, filho de José Francisco Bichão e mulher; João, filho de Manuel Fernandes Bonito e mulher; José Maria, filho de Paulo Francisco Carrapichano, de Ílhavo, representado por José Luís do Paulo e mulher; Manuel, filho e enteado de Joaquim Marques da Margarida e mulher; Joaquim, filho de Tomé Francisco Cassola, de Ílhavo, representado por Casimiro Ferreira da Cunha e esposa; Manuel, filho de Luís Ferreira Patacão e mulher; Carlos, filho de João André dos Santos e mulher; Pedro, filho de José Pereira da Silva e mulher; Manuel, filho de José da Labrincha, representado por Herculano Ferreira de Matos e mulher; Júlio, filho de José Nunes de Oliveira e mulher; José, filho de António Rocha e mulher; Emílio, filho de Cristóvão de São Marcos e mulher; José, filho de Maria Nunes de Almeida; Bernardo, filho de Domingos da Cruz Picão, representado por António da Silva Bento; João, filho de Maria Joaquina de Jesus, viúva; Manuel, filho de Manuel Francisco dos Santos e mulher; António, filho de Rosa de Oliveira da Silva, por si e como procuradora de seu marido; João, filho de Rosária Panela Ramalheira, por si e como procuradora de seu marido; António, filho de Manuel da Rocha Braz e mulher; João, filho de Maria de Jesus Lau, viúva; Manuel, filho de Francisco Nunes Feliciano e mulher; João, filho e enteado de Manuel Simões Ruivo e mulher; Manuel dos Santos Ferreira, por si próprio, e mulher; Manuel Maria, filho de Diamantino Domingues e mulher; Cirilo, filho de Maria de Jesus, viúva. Os ditos mancebos estavam recenseados para o sorteio a decorrer no mês de novembro. A obrigação de cotizar a remissão ao serviço militar era feito com condições. Caso os mancebos fossem obrigados a assentar praça os outorgantes cotizavam-se, em partes iguais, para pagar o preço da remissão. Todos os outorgantes (marido e mulher) obrigavam-se a depositar 50.000 reis na mão de Dionísio Cândido Gomes até 1894/10/31, com a pena da exclusão da sociedade. O outorgante Dionísio Cândido Gomes foi nomeado para andador e depositário e o outorgante Sebastião António da Silva para secretário da sociedade. Ao depositário e ao secretário competia avisar ou prevenir a sociedade de ocorrências que lhe digam respeito e dirigi-la, sendo obrigados a prestar contas do dinheiro recebido e gasto quando tal fosse solicitado pelos associados. Novos sócios seriam admitidos pela comissão composta pelo secretário e o depositário, se cumprissem as obrigações dos restantes sócios. Caso falecesse qualquer mancebo antes do sorteio para assentamento de praça, os pais ou protetores do mancebo ficariam isentos da quota estipulada, sendo sujeitos a todas as despesas que se fizessem até à data de óbito do mancebo. O andador e secretário receberiam gratificações consoante o trabalho desenvolvido, fruto de decisão dos associados. Todos os sócios se comprometiam a cumprir as suas obrigações, hipotecando todos os seus bens para tal. Se fosse necessário propor ação jurídica contra algum sócio, todas as despesas seriam custeadas por conta dos demandados. Todos os sócios eram obrigados a contribuir para as despesas da sociedade em geral, mesmo que não viessem a beneficiar os mancebos protegidos por si. Foram testemunhas Manuel Bernardo da Perpétua, casado, alfaiate, (assinando por Maria Rosa Priora da Silva, Josefa Rosa de Jesus, Francisco Ferreira Saraiva e mulher e Manuel Francisco Cabelo,) Domingos Gomes Vieira, casado, carpinteiro, (assinando por Maria Joana Brisida, António Nunes Pelicas e mulher, Maria dos Anjos de Jesus e Manuel Fernandes Bonito e mulher,) Calisto do Bem Barroca, solteiro, tamanqueiro, (assinando por José Luís do Paulo e mulher, Jacinta [Camponta], Luís Ferreira Patacão e mulher e João André dos Santos e mulher,) António Pereira Catarino, casado, marítimo, (assinando por Maria da Apresentação, José Nunes de Oliveira e mulher, Henriqueta de Jesus e Maria Rosa Helena,) José André Senos, casado, marítimo, (assinando por Maria Nunes de Almeida, Maria Joaquina de Jesus, Manuel Francisco Santo e mulher e Rosa de Oliveira da Silva,) Abel Augusto de Almeida, casado, sapateiro, (assinando por Rosália Panela Ramalheira, Maria da Rosa Deus e Maria de Jesus Lau e Francisco Nunes Feliciano e mulher,) António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, (assinando por Maria de Jesus de Oliveira, Alexandrina de Jesus, Diamantino Domingues e mulher e Maria de Jesus, viúva de Cirilo da Rocha), todos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas Reinaldo de Oliveira Craveiroi, casado, ourives, e Francisco Casimiro, casado, carpinteiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Physical location
D6.E12B.P2.0010
Language of the material
Por (português)
Other finding aid
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:06:30
Last modification
07/06/2017 10:26:15