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Escritura de partilhas amigáveis que fazem José Martins de Carvalho, viúvo, e seus filhos e genro, abaixo mencionados, do lugar da Légua e Ílhavo.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0002/00031
Title type
Atribuído
Date range
1892-10-17 Date is certain to 1892-10-17 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 33v a 35v
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, sendo intervenientes, como primeiro outorgante, José Martins de Carvalho, viúvo, lavrador, residente no lugar da Légua, por si e como procurador de seu filho Francisco Martins de Carvalho, viúvo, lavrador, do mesmo lugar, mas atualmente residente na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e como segundos outorgantes seus filhos e genro, nomeadamente, João Martins de Carvalho, viúvo, Joana Rosa dos Santos Paqueta, solteira, ambos lavradores, residentes no mesmo lugar da Légua, Maria Rosa dos Santos Paqueta, lavradora, e marido José Maria Cândido da Silva, sapateiro, residentes nesta vila, todos de Ílhavo. E logo pelos outorgantes foi dito que tendo falecido a sua mulher, mãe e sogra Luísa dos Santos Paqueta, moradora que foi no dito lugar da Légua, [eles estavam justos e contratados] a fazerem as partilhas dos bens do casal, da seguinte forma: de todos os bens do casal formaram 2 meações, para uma das quais ser adjudicada ao viúvo, primeiro outorgante e a segunda ser subdividida em 4 quinhões, para serem adjudicados aos 4 filhos da falecida, em pagamento de suas legítimas. Pertence ao viúvo José Martins de Carvalho a metade, do lado do poente, de uma terra lavradia, sita no Atalho, que confrontava esta metade a norte com Manuel Rodrigues o Testa, a sul com caminho público que vai para o Vale de Ílhavo, a nascente com a outra metade que abaixo vai ser [distribuída] aos 4 filhos e a poente com José Salgueireiro e outro; um prédio de terra lavradia com uma casa que serve de palheiro e duas eiras e mais pertences, sito no Cabeço da Légua, que [confrontava] a norte com caminho público e a sul com prédio do casal. A propriedade é foreira em mil e 500 reis anuais à Fazenda Nacional, por extinção do Convento de Jesus de Aveiro. Mais uma terra lavradia, sita na Palhaceira, próximo da Légua, que confrontava a norte com Manuel Valério, a sul com Joaquim António Mastrago, a nascente com caminho público e a poente com pinhal dos Santos Serradeiro. Esta propriedade é foreira a Manuel de Almeida Bastos pelo foro anual de 13 litros e 1 decilitro de milho. Mais uma leira de terra lavradia, sita no Corgo da Rainha, próximo à Légua, que confrontava a norte com Júlio Fernando da Costa e a sul com o Reverendo Padre Domingos Ferreira Jorge. A metade do lado poente de um pinhal e seu terreno, sito na Castelhana, ao pé dos Moitinhos, que confrontava a sul e poente com Dionísio da Silva da Lavradora e a nascente com a outra metade do mesmo prédio. Mais um pinhal e seu terreno no mesmo sítio da Castelhana, que [confrontava] a norte com José Domingues Largo e a sul com José Vieira Resende. Maus uma leira de pinhal, sita na Presa, que confrontava a norte com caminho de consortes e a sul com João Batista Madail. [Pertence] a João Martins de Carvalho, uma oitava parte da terra lavradia, sita no Atalho, que confrontava a nascente com outra oitava parte do mesmo prédio que vai ser [atribuída] a Joana Rosa, a poente com outra oitava parte que vai ser [atribuída] a Francisco, ausente; a sexta parte de um terreno de pinhal, sito na Castelhana, que confrontava a mesma sexta parte do nascente com o interessado Francisco Martins de Carvalho e a poente com a outorgante Maria Rosa dos Santos Paqueta; uma terça parte de um pinhal e seu terreno, sito na Quinta, ou Chão da Quinta, a qual terça parte que fica do lado norte parte por este lado com Manuel de Almeida Bastos e a sul com a parte que do mesmo prédio vai ser [atribuída] a Francisco, a nascente com a viúva de Manuel Simões Maio e a poente com servidão de consortes. [Pertence] a Francisco Martins de Carvalho, residente no Rio de Janeiro e representado pelo primeiro outorgante, uma oitava parte da terra lavradia, sita no Atalho, que confrontava a nascente com João Martins de Carvalho e a poente com o viúvo cabeça de casal; a sexta parte de um pinhal e seu terreno, na Castilhana, que confronta a poente com o outorgante João e a nascente com Manuel Francisco da Silveira; uma terça parte do pinhal e seu terreno, sito no Chão da Quinta, a qual terça confronta a norte com o outorgante com João Martins de Carvalho e a sul com Maria Rosa. [Pertence] a Joana Rosa dos Santos Paqueta uma oitava parte da terra lavradia no Atalho, que confrontava a nascente com a oitava parte que vai ser [atribuída] à interessada Maria Rosa e a poente com João Martins de Carvalho; um prédio de casas térreas, onde a falecida vivia, com seu quintal contíguo, algumas árvores de fruto e mais pertences, sito no Cabeço da Légua, que confrontava a norte com o viúvo, cabeça de casal, e a sul com Manuel dos Santos Serradeiro. [Pertence] a Maria Rosa dos Santos Paqueta e marido a restante oitava parte da terra lavradia, sita no Atalho, que confrontava a poente com Joana Rosa e a nascente com António Moço; a sexta parte do pinha com seu terreno, sito na Castelhana, que confrontava a nascente com João Martins de Carvalho e a poente com o viúvo Cabeça de Casal; a oitava parte restante do pinhal e seu terreno, sito na Quinta ou Chão da Quinta, que confrontava a norte com o interessado Francisco, a sul com Manuel de Almeida Bastos, a nascente com a viúva de Manuel Simões Maio e a poente com caminho de consortes, esta terça parte compreende pelo lado nascente 13 metros de largura, a contar do prédio de Manuel de Almeida Bastos, para o norte; no marco do meio a contar do sul para norte 14 metros de largura e na extremidade poente a contar na mesma direção 13 metros também de largura. Esta terça parte dos outorgantes Maria Rosa e marido fica ao norte da Rigueira, pertença do prédio, rigueira, que, além de acompanhar a mesma terça parte em todo o seu comprimento, não foi compreendida naquela medição. Relativamente aos bens mobiliários disseram os outorgantes que já tinham feito a partilha dos mesmos. Foram testemunhas presentes Manuel Soares da Silva, solteiro, [cocheiro], residente em Ílhavo, António José de Pinho, casado, marítimo, residente nesta vila, José Maria Salgado, casado, carpinteiro, residente em Ílhavo, João Nunes Ramos [Manica] Júnior, casado, lavrador, residente na Légua, desta freguesia e João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, residente nesta vila.
Physical location
D6.E12B.P2.0002
Language of the material
Por (português)
Notes
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:01:34
Last modification
07/06/2017 10:26:12