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Escritura de partilhas amigáveis que entre si fazem os herdeiros de Maria de Jesus, viúva de João Nunes de Oliveira, de Verdemilho.

Description level
File File
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH3/001/0002/00011
Title type
Atribuído
Date range
1892-09-23 Date is certain to 1892-09-23 Date is certain
Dimension and support
1 doc.; f. 11 a 13
Scope and content
Escritura de partilhas amigáveis, sendo intervenientes os herdeiros de Maria de Jesus, viúva de João Nunes de Oliveira, de Verdemilho, freguesia de São Pedro de Aradas, [nomeadamente]: Maria de Jesus e marido João dos Santos Bizarro Chuva, jornaleiros, residentes em Ílhavo; João Nunes de Oliveira e mulher Ana [Lavadinha], jornaleiros, residentes no lugar e freguesia de São Pedro de Aradas; Rosa de Jesus, ocupa-se no governo de sua casa, e marido Ezequiel Correia, empregado na Fábrica da Vista Alegre, residentes na Vista Alegre, freguesia e concelho de Ílhavo; Antónia de Jesus e marido José Rodrigues Duarte, padeiros, residentes na rua dos Anjos, freguesia dos Anjos, Lisboa e Maria Rosa de Jesus, ocupa-se no governo de sua casa e marido Manual António, empregado na Alfândega de Lisboa, moradores na rua da Bempostinha, freguesia dos Anjos, da mesma cidade. E por todos os outorgantes foi dito que tendo falecido, em Lisboa, há [cerca] de 8 meses, a sua mãe e sogra Maria de Jesus, viúva de João Nunes de Oliveira, natural de Verdemilho, freguesia de São Pedro de Aradas, tinha deixado em testamento público, feito em 10 de Fevereiro de 1891, no qual legou a terça de seus bens à sua filha Maria Rosa de Jesus. Desta forma, todos os outorgantes combinaram entre si fazerem a partilha dos bens com que faleceu com a meação de sua mãe e sogra, em conformidade com o aludido testamento, da seguinte forma: [ilegível] em um prédio que se compõe de casas térreas, com seu aido pegado, com algumas árvores de fruto, poço, tanque, eira, casa da eira, pátio, parreiras, palheiro, abegoarias e mais pertences, sito na rua do Paço ou rua Direita, em Verdemilho, freguesia de São Pedro de Aradas, que confrontava a norte com Rosa Maria de Jesus Cassola, viúva, a sul com João Nunes Vizinho e outros, a nascente com a rua pública e a poente com João Pereira Novo. A dita propriedade é foreira em 3 mil e 840 reis, que anualmente se pagam ao dito senhorio João Pereira Novo e ao qual tinham pedido autorização para fazer as partilhas do referido e único prédio de herança, nos termos seguintes: dividiam o prédio em 3 partes iguais, para uma das quais ser adjudicada à [ilegível], em conformidade com o testamento e as suas terças partes restantes, as subdividiram em 5 quintais perfeitamente iguais para serem adjudicados aos 5 herdeiros outorgantes, em pagamento de suas legítimas naturais, e assim a Maria de Jesus e marido ficava a pertencer 4 metros e 38 centímetros na casa, com [ilegível] para a rua; 4 metros e 61 centímetros no pátio, no meio do aido 5 metros e [81] centímetros e no fim do aido 6 metros e 3 centímetros, tudo de largura. Este quinhão, que [se] denomina “o número dois”, fica entre o quinhão do lado do norte pertencente à outorgante Antónia de Jesus e entre o quinhão do sul, da outorgante Rosa de Jesus e marido. Aos outorgantes João Manuel de Oliveira e mulher ficava a pertencer na casa 4 metros e 38 centímetros de largura, com [ilegível] para a rua; no pátio 4 metros e 61 centímetros; no meio do aido 5 metros e [98] centímetros e no fim do mesmo aido 7 metros e 8 centímetros, tudo de largura. Este quinhão, era denominado o número 4 fica entre o quinhão da co-herdeira Rosa de Jesus, do lado norte e o quinhão da co-herdeira Maria Rosa de Jesus, do lado sul. Pertence aos outorgantes Rosa de Jesus e marido o terceiro lote assim composto: na casa, à frente da rua, tem 4 metros e 38 centímetros; no pátio, 4 metros e 61 centímetros; no meio do aido 5 metros e 90 centímetros e no fim do aido 6 metro e 3 centímetros, tudo de largura. Este lote fica entre o quinhão da outorgante Maria de Jesus e o do outorgante João Nunes de Oliveira. Aos outorgantes António de Jesus e marido fica a pertencer o lote número 1, assim composto: na casa, à frente da rua com 4 metros e 38 centímetros; no pátio 4 metros e 61 centímetros; no meio do aido 5 metros e 63 centímetros e no fim do aido 6 metros e 10 centímetros, tudo de largura. Este lote fica entre o quinhão da outorgante Maria de Jesus, do lado sul, e confina a norte com Rosa Maria de Jesus Caçola. Pertence a Maria Rosa de Jesus e marido em pagamento da terça e da respetiva legítima o lote número 5: na casa em frente da rua 8 metros e 76 centímetros; no pátio 9 metros e 22 centímetros; no meio do aido 12 metros e 60 centímetros e no fim do aido 17 metros e 50 centímetros, tudo de largura. Este lote que ficou adjudicado áquela co-herdeira Maria Rosa de Jesus, em pagamento da sua legítima e da terça, com que foi contemplada no testamento da falecida, fica entre o quinhão do outorgante João Nunes de Oliveira e confronta a sul com João Nunes Visinho e outros. Entre o quinto e o último lote fica com a obrigação de dar servidão de pé e carro, para o prédio de João Pereira Novo, senhorio direto, prédio que fica do lado do poente deste mesmo lote e onde [entestam] pelo mesmo lado todos os demais lotes aqui mencionados. No quinhão da outorgante Rosa de Jesus e marido Ezequiel Correia, existe um poço empedrado, que faz parte do mesmo quinhão, porém todos os outorgantes ficam com o direito de utilizar-se da água do mesmo poço para seu uso doméstico e regadio, com a obrigação de concorrerem com partes iguais para satisfazerem as despesas de concertos [ilegível] sejam necessário fazerem-se no mesmo poço e aquele ou aqueles dos outorgantes que se recusarem a concorrer com as suas respetivas partes para aquele [ilegível] perderão o direito à água. Todos os 5 [ilegível] para se satisfazerem daquela água servir-se-ão pelo poente através dos seus respetivos quinhões, para desta forma não se prejudicarem uns aos outros nos mesmos quinhões. Cada um dos herdeiros obrigava-se a pagar, pelo dia de São Miguel de cada ano, a sua respetiva parte do foro, a qual é na seguinte proporção: cada um dos quatro compartes Maria de Jesus e marido; João Nunes de Oliveira e mulher; Rosa de Jesus e marido e Antónia de Jesus e marido se obrigavam a pagar o foro de 640 reis e a outorgante que estava contemplada no testamento mil e 280 reis. Concordaram entre todos que quem receberia as respetivas partes dos foros e depois o entregaria ao senhorio direto era João Nunes de Oliveira. Foram testemunhas presentes Manuel Francisco Cardoso, casado, lavrador, residente em Verdemilho, freguesia de São Pedro de Aradas, José da Silva, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente neste lugar das Ribas, Vasco Nunes de Oliveira Pinto, solteiro, lavrador, residente neste mesmo lugar das Ribas, Manuel Maria Valente de Almeida, solteiro, merceneiro, atualmente residente no lugar das Ribas, Alexandre Luciano Pereira Valente, solteiro, carpinteiro, residente também nas Ribas, Luís dos Santos Chança, Manuel Ferreira Gordo Cardoso, casado, lavrador, residente também nas Ribas, José Batista, solteiro, jornaleiro, Francisco Inocêncio de Almeida, casado, lavrador, ambos também residentes neste lugar das Ribas, freguesia e concelho de Ílhavo, todos de maior de idade.
Physical location
D6.E12B.P2.0002
Language of the material
Por (português)
Notes
Descrição arquivística efetuada ao abrigo do protocolo “Ílhavo, Terra Milenar” celebrado com o Município de Ílhavo em 9 de junho de 2015.
Creation date
07/06/2017 10:01:29
Last modification
07/06/2017 10:26:12